EUROPA/ITÁLIA - Os casos de lepra não constituem algum risco para a população italiana. É urgente que os meios de comunicação social dêem um informação correta sobre a inexistência de qualquer risco para a difusão da lepra na Itália

Sexta, 4 Maio 2007

Roma (Agência Fides) - Em relação à notícia, divulgada pelos jornais em 3 de maio, sobre dois casos de lepra registrados em Milão, a AIFO - Associação Italiana Amigos de Raoul Follereau - comunica que os casos de lepra não constituem algum risco para a população italiana e é grave que se queira discriminar os imigrantes que têm contato com esta doença, apresentando-os como possíveis responsáveis por uma difusão do contágio. O episódio demonstra que o estigma social ligado à lepra é, infelizmente, ainda vivo, inclusive na Itália.
É urgente que os meios de comunicação social dêem um informação correta sobre a inexistência de qualquer risco para a difusão da lepra na Itália, mas também sobre a importância de garantir às pessoas infectadas o pleno respeito de seus direitos sociais e de saúde e de sua dignidade. A lepra é hoje um doença completamente tratável e curável e a sua persistência nos países do sul do mundo é causada por situações de pobreza, subnutrição e ausência de serviços de saúde em que vivem as populações desses países. Combater a lepra significa esforçar-se para eliminar as injustiças sociais e econômicas mundiais e restituir a todas as mulheres e os homens do mundo plena dignidade humana, saúde e respeito de seus direitos fundamentais. A AIFO expressa aos imigrantes atingidos pela lepra a própria solidariedade e convida a população italiana a unir-se ao esforço de cancelar toda forma de discriminação contra essas pessoas.
A AIFO, inspirando-se na obra de Raoul Follereau, trabalha há 46 anos para o tratamento e a reabilitação social e de saúde dos doentes de lepra e para a tutela de seus direitos e de sua dignidade. Nos seus projetos, são curados 10% dos doentes de lepra de todo o mundo. É consultora e parceira oficial da Organização Mundial da Saúde e participa da Assembléia mundial da Saúde. (AP) (4/5/2007 Agência Fides)


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