VATICANO - «Qué soy era Immaculada Councepciou» As 18 Aparições da Bem-aventurada Nossa Senhora em Lourdes em 1858 (1)

Quarta, 2 Maio 2007

Cidade do Vaticano (Agência Fides) - O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX em 1850. Quatro anos depois, em Lourdes, a Bem-aventurada Virgem apareceu a uma jovem do país, Bernadette Soubirous. Ela lhe apareceu 18 vezes e, durante a 16ª aparição, lhe disse: “qué soy era Immaculada Councepciou”. A Agência Fides se propõe a apresentar a narração de cada uma das aparições, assim como foram feitas por Bernadette.
Quinta-feira, 11 de fevereiro de 1858: primeira aparição. A primeira aparição teve lugar naquele dia, eis porque a festa de Nossa Senhora de Lourdes foi fixada em 11 de fevereiro. A partir deste primeiro dia, Bernadette tomou o Terço “com a Senhora”.
“A primeira vez que fui à gruta era quinta-feira, 11 de fevereiro. Fui para recolher a lenha com outras duas jovens. Quando estávamos no moinho, eu lhes perguntei se queriam ver aonde a água do canal se encontrava com o Gave. Elas me responderam que sim. De lá, nós seguimos o canal e nos encontramos diante de uma gruta, não podendo mais prosseguir. As minhas duas companheiras se colocaram na condição de atravessar a água que estava diante da gruta. Elas atravessaram a água. Começaram a chorar. Perguntei-lhes porque choravam. Disseram-me que a água estava gelada. Eu pedi para que me ajudassem a jogar pedras na água para ver se podia passar sem tirar meus sapatos. Disseram-me que devia fazer como elas, se quisesse. Eu fui um pouco mais longe para ver se podia passar sem tirar meus sapatos, mas não poderia. Então, regressei diante da gruta e comecei a tirar os sapatos. Tinha acabado de tirar a primeira meia quando ouvi um barulho como se fosse uma ventania. Então girei a cabeça para o lado do gramado (do lado oposto da gruta). Vi que as árvores não se moviam. Então continuei a tirar meus sapatos. Ouvi mais uma vez o mesmo barulho. Assim que levantei a cabeça, olhando a gruta, vi uma senhora de branco. Tinha um vestido branco, um véu branco, um cinto azul e uma rosa em cada pé, da cor da corda do seu Terço. Então fiquei um pouco impressionada. Pensava que tinha me confundido. Esfreguei os olhos. Olhei de novo e vi sempre a mesma senhora. Coloquei a mão no bolso; ali encontrei o meu Terço. Queria fazer o sinal da cruz. Não consegui encostar a mão na testa. A mão caia. Então, a perplexidade tomou conta de mim. A minha mão tremia. Todavia, não fugi. A senhora tomou o Terço que segurava entre as mãos e fez o sinal da cruz. Então, tentei uma segunda vez e consegui. Assim que fiz o sinal da cruz, desapareceu a grande perplexidade que sentia. Coloquei-me de joelhos. Rezei o Terço na presença daquela bela senhora. A visão fazia escorrer o Terço, mas não movia os lábios. Quando acabei o meu Terço, fez-me sinal para me aproximar, mas não ousei. Então desapareceu improvisamente. Comecei a tirar a outra meia para atravessar aquele pouco de água que se encontrava diante da gruta (para alcançar as minhas companheiras) e regressamos. No caminho, perguntei às minhas companheiras se não haviam visto algo. - Não - responderam-me. Perguntei-lheis mais uma vez. Disseram-me que não tinham visto nada. Então acrescentaram: - E tu viste algo? Então disse-lhes: - Se não vistes nada, nem mesmo eu. Pensava que tinha me confundido. Mas voltando, na estrada me perguntaram o que tinha visto. Voltavam sempre naquele assunto. Eu não queria lhes dizer, mas insistiram tanto que decidi dizê-lo: mas na condição de que não contassem para ninguém. Prometeram-me que manteriam o segredo. Mas assim que chegamos a casa, a primeira coisa que contaram foi o que eu tinha visto. Eis a primeira vez”.
(J.M.) (Agência Fides, 2/5/2007)


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