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Bagdá (Agência Fides) - Os cristãos no Iraque vivem hoje em condições desesperadas e são “vítimas de violências, chantagens, ameaças e mortes”, em Bagdá, Mosul, Kirkuk e em outras cidades”. Por isso, são necessárias a mobilização internacional e intervenções concretas. É o que pede, em um apelo, “Pax Christi”, movimento católico engajado contra a violência, pelo diálogo entre as religiões, o respeito pela dignidade da pessoa e os direitos humanos.
Delegações de Pax Christi visitam regularmente o Iraque: nas últimas visitas, o movimento acolheu o pedido de ajuda de Dom Louis Sako, Arcebispo Caldeu de Kirkuk, empenhado no diálogo entre as religiões. Ele narra a “situação trágica, impossível para os cristãos em Bagdá, mas também em muitas outras regiões”.
O texto de Pax Chrsti afirma: “É uma tragédia que vê milhares de pessoas reduzidas ao desespero. Quantos refugiados! Segundo algumas fontes da ONU, a atual tragédia dos refugiados iraquianos é a maior do Oriente Médio, depois da do povo Palestino em 1948. Não podemos ficar calados!”.
Os cristãos no Iraque “sempre defenderam a integridade do país de modo corajoso, ao lado de seus irmãos muçulmanos, viveram com xiitas e sunitas no respeito recíproco e compartilharam os dias melhores assim como os piores, há 14 séculos. Hoje, queremos continuar esta convivência no amor e no respeito dos direitos humanos. Pedimos o direito à liberdade de viver sua própria fé para os iraquianos”.
Pax Christi recorda que “o Iraque é a pátria de Abraão, nosso pai comum na fé: toda religião é pela paz, seja o cristianismo como o Islã. Toda manifestação de violência, de ameaça contra membros de outra religião, pisoteia a liberdade e a dignidade humana, e não dá testemunho autêntico da própria fé. A religião não pode jamais causar violência! A religião é pela vida, não pela morte, pela paz e não pela guerra”.
O movimento lança um apelo: “Muitos cristãos no Iraque nos dizem que se sentem esquecidos! Pedimos a todos os fiéis, às autoridades religiosas, na Itália e no Iraque, cristãos e muçulmanos, aos responsáveis pela política, à comunidade internacional: detenham toda forma de violência. Somente o diálogo, o encontro, a escuta, a solidariedade, a rejeição de toda forma de ódio e de vingança, pode levar à paz”. (PA) (Agência Fides 30/4/2007)
