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Guanajuato (Agência Fides) – “Já sei que estou num país que se orgulha da sua hospitalidade e deseja que ninguém se sinta estranho na sua terra. Sei disso; mas, aquilo que já sabia, agora vejo-o e sinto-o no mais íntimo do coração. Espero com toda a minha alma que o sintam também tantos mexicanos que vivem fora da sua pátria nativa, mas que nunca a esquecem e desejam vê-la crescer na concórdia e num verdadeiro desenvolvimento integral”. Com estas palavras, o Santo Padre Bento XVI concluiu o discurso proferido no aeroporto internacional de Guanajuato em sua chegada ao México.
Fontes locais da Fides notam que “o Papa fez bem as contas” porque bem sabe que o México, com mais de 106 milhões de habitantes, conta também 12 milhões de cidadãos imigrados (somente nos EUA, vivem 11 milhões). No México, porém, o Papa fala ao povo latino-americano, a todos os habitantes do continente, o terceiro mais populoso do planeta, que acolhe mais de 900 milhões de pessoas.
O Santo Padre seguiu todas as vicissitudes deste povo que emigra, sofre a violência, a pobreza (veja Fides 22/03/2011, 01/12/2010, 06/03/2010) e a separação das famílias. Por isso, recordou em suas palavras a razão de sua visita: "Venho como peregrino da fé, da esperança e da caridade. Desejo confirmar e consolidar na fé todos os crentes em Cristo e encorajá-los a revitalizá-la através da escuta da Palavra de Deus, dos sacramentos e da coerência de vida. Deste modo poderão, como missionários no meio dos seus irmãos, partilhar a fé com os outros e ser fermento na sociedade, contribuindo para uma convivência respeitadora e pacífica, assente na incomparável dignidade de toda a pessoa humana, criada por Deus, e que nenhum poder tem o direito de esquecer ou desprezar. Tal dignidade manifesta-se de forma eminente no direito fundamental à liberdade religiosa, quando vista no seu genuíno significado e na sua plena integridade".
A viagem de Bento XVI acaba de se iniciar, nota a fonte de Fides, mas os latino-americanos já entenderam a missão que o Papa lhes confia: viver com dignidade e liberdade e se tornar “missionários entre os próprios irmãos”. (CE) (Agência Fides, 24/03/2012)
