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Cidade do México (Agência Fides) – A Arquidiocese de México pediu a todas as instituições políticas do país que detenham “o fermento” político pré-eleitoral e enfrentem de modo responsável as emergências nacionais, que estão bem distantes da desenfreada sede de poder de muitos: a espiral crescente de violência, a crise que continua a gerar pobreza, e a corrupção, que faz do México um lugar de morte para migrantes mexicanos e centro-americanos.
De seu órgão oficial de informação, "Desde a fe", a Arquidiocese critica duramente o fato que a classe dirigente e política, a mídia e a opinião pública em geral se dediquem quase exclusivamente a temas banais e não aos verdadeiros problemas nacionais. De modo especial, cita o texto enviado à Agência Fides, lamenta-se “a indolência, a indiferença e inclusive o desprezo dos políticos em relação aos migrantes. Estão todos mais preocupados com a tutela de seus interesses pessoais do que no calvário em que vivem nossos irmãos mexicanos no vizinho país do norte”. A classe política conseguiu evitar completamente estes temas-chave no debate político.
Tal indolência permitiu, como nunca havia acontecido nos Estados Unidos, a promulgação em série de leis contra a dignidade dos migrantes e de seus direitos fundamentais, “sem que houvesse uma reação firme de nosso governo contra a atitude arrogante, xenófoba e racista daquele país” – escreve o editorial. “A reforma migratória aprovada no México não pode ficar no papel” – conclui o texto. “O governo federal deve garantir a atuação da lei que protege nossos irmãos centro-americanos e colocar um fim na corrupção e na violência que matam diariamente pessoas inocentes que apenas procuram um trabalho e uma vida digna de se chamar humana” – finaliza o texto.
(CE) (Agência Fides, 7/12/2011)
