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Cuernavaca (Agência Fides) – "É uma expressão do cansaço que a sociedade vem sentindo" e que, portanto, deve transformar-se numa conversão do coração: assim se manifestou Dom Alfonso Cortes Contreras, Bispo de Cuernavaca, que está participando da "Marcha pela Paz com Justiça e Dignidade" que partiu sábado, 4 de junho, de Cuernavaca e segue em direção à Cidade Juarez (Chihuahua), à qual pretende chegar no dia 10 de junho. Neste local, as organizações civis assinarão o "Pacto nacional pela paz". Dom Cortes Contreras disse também que as estruturas de injustiça, de maldade e engano são o resultado da falta de valores na sociedade, e grande parte desse problema deve-se à desintegração da família.
Apesar dos recentes atos de violência ligados ao narcotráfico que aconteceram em Morelia, também durante a Marcha pela Paz, o Arcebispo local, Dom Alberto Suarez Inda, convidou todos os cidadãos a transformar os sentimentos do coração e voltar-se para Deus, pois as vias de morte deixam somente destruição. "É exatamente o oposto da mensagem cristã: convido todos os irmãos de Morelia a colocar verdadeiramente a mão no coração para se converter a Deus, Nosso Senhor, e a abandonar esses caminhos de morte que nada produzem, somente a destruição" declarou o Arcebispo, observando que a raiz do problema envolve todos os cidadãos. Portanto, através da família, a transmissão da fé e dos valores e uma educação integral, as pessoas poderão crescer e promover uma mudança gradual na sociedade.
A Marcha pela Paz completou ontem, 8 de junho, o quinto dia de caminhada pelos estados mexicanos, com o objetivo de reunir assinaturas para o "Pacto nacional pela Paz", provido pelo Movimento Nacional pela Paz com Justiça e Dignidade. Os manifestantes pedem ao Estado justiça para mais de 40.000 vítimas da "guerra da droga". Centenas de parentes das vítimas e dos membros das organizações sociais estão atravessando o país e manifestando o seu repúdio à violência.
No mês passado (ver Fides de 07/05/2011), o Bispo da diocese de Saltillo, Dom Raúl Vera, participou de outra Marcha pela Paz que, depois de percorrer 85 quilômetros, chegou à Cidade do México, com o objetivo de pedir o fim da militarização causada pela guerra ao narcotráfico e para dizer basta à violência, que causou 40.000 mortes desde 2006. (CE) (Agência Fides, 09/06/2011)
