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Cidade do México (Agência Fides) – O presidente mexicano, Felipe Calderón, se reuniu com líderes religiosos no âmbito de um programa de consultas com uma série de setores sociais do país para discutir sobre a violência que assola o México.
"A política de segurança não pode ser apenas uma política do governo, mas uma política compartilhada com a sociedade", disse Calderon, em 4 de agosto no terceiro dia dos chamados "Diálogos pela Segurança" sobre as estratégias de combate ao tráfico de drogas e da violência. O presidente do México pediu aos líderes de várias religiões do país para "promoverem uma cultura da legalidade em cada uma de suas comunidades religiosas" e facilitar a renovação dos valores da sociedade. "As suas comunidades e seus membros podem contribuir com a sua liderança a garantir um clima de paz e segurança através da difusão de programas de prevenção da criminalidade", acrescentou o Chefe de Estado.
Os líderes religiosos pediram ao presidente do México a trabalhar mais pela defesa da família e seus valores. O Arcebispo Primaz do México, Cardeal Norberto Rivera afirmou que os líderes religiosos, "promovem uma nova cultura de valores e isto contribui na luta contra a violência".
Dom Ramon Castro Castro, Bispo de Campeche, disse que é imperativo “criar novos corações mexicanos para que haja um novo México”, e em seguida acrescentou: "a família é fundamental na tarefa de defesa da paz e da dignidade humana” . O Cardeal Juan Sandoval Iñiguez, Arcebispo de Guadalajara, convidou o presidente mexicano a combater a corrupção.
A reunião durou várias horas e no final Calderón disse que será necessário um pouco de tempo para poder ver alguns resultados, porque "o problema da insegurança e violência que o governo enfrenta vem de anos de incubação, é como uma grande árvore que tem muitos anos de crescimento e não pode cair com um só golpe de machado".
Participaram da reunião também os representantes da comunidade judaica e outras igrejas cristãs.
Desde quando Felipe Calderón tomou posse em dezembro de 2006 o crime organizado matou mais de 25 mil pessoas. (ver Fides 03/08/2010)
(CE) (Agência Fides, 06/08/2010)
