Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Córdoba (Agência Fides) – Ao celebrar a “Jornada da Liberdade de Expressão”, o Bispo da diocese de Córdoba, Dom Eduardo Patiño Leal, afirmou que todos os profissionais da mídia devem assumir responsabilidades e ter uma ética. Domingo, 7 de junho, celebrou-se a “Jornada do Jornalista” e a “Jornada da Liberdade de Expressão”, enquanto me outros países da América Latina esta Jornada é celebrada em outra data deste período do ano. Dom Leal expressou-se também a favor da promoção da liberdade de expressão de outros setores para dar voz às pessoas, e pediu que se esclareçam os homicídios de jornalistas assassinados enquanto faziam seu dever: estes crimes não devem permanecer impunes.
Na habitual coletiva de imprensa de domingo, depois da Eucaristia, Dom Patiño Leal elogiou os jornalistas pelo trabalho realizado cotidianamente, pleno de dificuldades e riscos quando se referem a questões de interesse de algumas pessoas; por isso, todas as informações devem ser sustentadas pela verdade. Em particular, pediu aos jornalistas que não condenem sem provas, porque frequentemente acusa-se pessoas sem fundamentos, ou até mesmo sem um processo. Muitos inocentes são atingidos em sua integridade. É neste momento que entra em jogo a ética do comunicador, porque a qualidade na comunicação é essencial, “sempre que a verdade seja real e completa, porque às vezes, há verdades parciais que são manipuladas e criam uma grande mentira; uma meia-verdade pode gerar uma grande mentira” – disse Dom Patiño Leal.
O Bispo julga oportuno o pedido de continuar a indagar sobre a morte de jornalistas que foram mortos por ter abordado interesses pessoais ou criminosos: é o momento de fazer justiça para por fim à impunidade. Enfim, disse que em Veracruz existe liberdade de expressão, mas deve-se dar espaço àqueles que precisam ser ouvidos e que são menos favorecidos.
Poucos dias atrás, Frank La Rue, encarregado especial da ONU para a Liberdade de Expressão e de Opinião, apresentou um relatório que registra o aumento do numero de jornalistas seqüestrados ou mortos durante 2009. Os países com maior risco são Filipinas, Paquistão, Iraque, Rússia e México.
(CE) (Agência Fides, 07/06/2010)
