Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Barcelona (Agência Fides) – De 7 a 10 de março, realizou-se em Barcelona o 21° encontro anual “Pastoral dos migrantes nas grandes cidades da Europa” reuniu responsáveis e agentes pastorais provenientes de Viena, Bruxelas, Lião, Frankfurt, Colônia, Milão, Turim, Roma, Luxemburgo, Basileia, Barcelona, e expoentes das Comissões Nacionais da Pastoral dos Migrantes da França, Espanha e Suíça. O tema abordado foi “Os filhos de imigrantes. Que tipo de pastoral?". Trata-se de uma questão de fundamental importância para o futuro da Igreja na Europa desde o momento que asa novas gerações de imigrantes constituem uma porção sempre mais ampla da juventude europeia.
O encontro de Barcelona considerou os contextos de várias cidades, evidenciado a variedade de situações em que vivem estes jovens segundo a particular história de imigração de cada país. A inserção escolar e profissional é fundamental para a integração na sociedade e a possibilidade para os jovens de desenvolver de forma serena e equilibrada a sua dúplice pertença, cultural e lingüística. Até mesmo nas áreas de mais antiga imigração os resultados obtidos neste campo não são ainda satisfatórios. O compromisso da Igreja tem também um caráter social, educacional e político, com o objetivo de garantir iguais oportunidades a todos os jovens e contrastar a difusão da xenofobia.
A pastoral específica para os filhos de imigrantes católicos pretende ajudá-los a se tornar cristãos adultos e a testemunhar a fé numa sociedade sempre mais marcada pelos extremos de uma secularização avançada e por uma variedade religiosa sem precedentes. Para aqueles que nascem no país de imigração se coloca a questão da participação ativa dentro da Igreja local, uma participação que não significa a negação de suas raízes religiosas ligadas à família, e à cultura de origem. Antes de ser “migrantes” eles são “jovens”, ou seja, plenamente participantes dos estilos de vida e linguagens juvenis difundidos hoje no âmbito global. Entre as propostas que emersas está a de uma maior convergência entre pastoral familiar, juvenil e migratória. Alguns jovens católicos de origem estrangeira e autóctones se encontram para partilhar o caminho de fé na descoberta de uma identidade cristã aberta e universal. Enfim, a Igreja local é chamada a testemunhar a sua catolicidade num caminho de conversão rumo ao acolhimento e a comunhão entre as diversidades. (LD/SL) (Agência Fides 17/3/2010)
