ÁSIA/LÍBANO - O Patriarca Rai visita o Egito; tempos mais longos para a eleição do Presidente

Segunda, 14 Dezembro 2015 política  

Beirute (Agência Fides) – O Patriarca maronita Boutros Bechara Rai realizou uma visita de quatro dias ao Egito. Encerrada ontem, domingo, a visita foi marcada por um programa muito denso, não apenas do ponto de vista pastoral. A ocasião para a visita patriarcal foi a inauguração da Igreja dedicada a São Marun, que sofreu uma reforma radical, no distrito de Heliópolis, no Cairo. Durante os dias de permanência no Egito, o Primaz da Igreja maronita manteve contatos de alto nível, encontrando-se também com o Patriarca copta-ortodoxo, Tawadros II, o Grande Imame de al Azhar, Ahmad al Tayyeb, e o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.
Fontes egípcias consultadas pela Agência Fides adiantam também que o Presidente al-Sisi, em seu encontro com o Patriarca Rai, confirmou o compromisso do Egito em defender a segurança e a estabilidade da nação libanesa e sua identidade pluralista, reconhecendo a necessidade de fazer o possível para alcançar um consenso entre as forças políticas libanesas para a eleição de um novo Presidente.Sobretudo, o Chefe de Estado egípcio confirmou que ele e a sua nação vão se opor a qualquer tentativa de envolver o Líbano nos processos desestabilizadores que há anos fazem sofrer as populações de outros países do Oriente Médio.
Também a visita do Patriarca Rai ao Egito se realizou no âmbito das negociações em andamento entre os partidos políticos libaneses em torno da “solução de compromisso”, que tomou força crescente nas últimas semanas, que reforça a eleição a Presidente da República de Suleiman Franjieh, cristão maronita, amigo de infância do presidente sírio Bashar Assad e líder do Movimento Marada (Partido de orientação cristão-democrático nascido em 1991, quando a brigada paramilitar Marada decidiu se transformar em sujeito político). De acordo com o que é referido pela mídia libanesa, o problema político da eleição presidencial não será resolvido antes do início do novo ano, inclusive pelas reservas presentes em partidos pertencentes a dois grupos que se contrapõem no cenário político libanês, como o partido xiita Hezbollah e o maronita das Forças Libanesas. (GV) (Agência Fides 14/12/2015).


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