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Uagadugu (Agência Fides) - "A crise está quase resolvida", dizem à Agência Fides fontes da Igreja de Burkina Fasso, onde os golpistas do Régiment Sécurité présidentielle (RSP), deixaram o palácio presidencial e permitiram ao Presidente de transição, Michel Kafando, de retomar suas funções (veja Fides 23/9/2015).
"O Conselho de Ministros de 25 de setembro decidiu dissolver o RSP e a integração de seus membros em outros departamentos do exército nacional", dizem as nossas fontes. A Justiça, no entanto, abriu uma investigação para determinar a responsabilidade do golpe falido.
Um papel fundamental na obtenção do acordo que permitiu evitar derramamento de sangue entre os militares golpistas e os que permaneceram fieis às instituições, foi o de Mogho Naaba, rei dos de Mossi, principal grupo étnico do país.
"Trata-se de um líder tradicional que tem uma autoridade moral importante em Burkina Fasso", explicam as fontes de Fides. "Ele se coloca acima dos partidos políticos e as pessoas o ouvem e obedecem. A capital, Uagadugu, faz parte do seu território. Se ele diz à população para ir às ruas protestar, ela o obedece imediatamente. A sua autoridade moral e sua influência sobre a população fazem com que muitos políticos vão a ele para pedir conselho".
“Mogho Naaba pediu a todos para evitar derramamento de sangue e se perdoar reciprocamente. Aqui se pode ter uma noção de sua mediação, que não consiste em dar razão ou não a esta ou aquela parte, mas para pedir o perdão mútuo e buscar juntos construir o futuro”, concluem as nossas fontes.(L.M.) (Agência Fides 28/9/2015)
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