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Abuja (Agência Fides) - "A economia nigeriana está sofrendo. (...) Cada vez mais os nigerianos lutam ou são incapazes de satisfazer as necessidades básicas de suas famílias", afirmam os Bispos da Nigéria num comunicado enviado à Agência Fides, elaborado no final de sua segunda assembleia plenária. O elevado desemprego dos jovens, sublinham os bispos, "obriga os nossos cidadãos, especialmente os jovens, a emigrar, tanto dentro como para outros países, expondo-se a condições desumanas, incluindo várias formas de depravação e crime. Em muitos casos, vidas jovens foram perdidas em nossas estradas, nos desertos de algum país africano e nas margens da Europa".
Na mensagem se observa com satisfação o desejo expresso pelo novo governo "de investir no setor agrícola e procurar outras alternativas para o gás e o petróleo". A economia nigeriana depende ha décadas das exportações de petróleo, enquanto os outros setores econômicos nacionais, começando com a agricultura, têm sido muito negligenciadas, com consequências negativas sobre o emprego num país de mais de 100 milhões de habitantes.
As entradas do setor de petróleo também foram saqueadas pela corrupção (veja Fides 4/9/2007). Um assunto sobre o qual os Bispos intervieram várias vezes. "Desde a sua fundação, esta Conferência Episcopal condenou sistematicamente a corrupção, a violência e a injustiça, e convidou os nigerianos a viverem na transparência e com espírito de serviço", afirma a mensagem, elogiando a luta contra a corrupção lançada pelo presidente Muhammadu Buhari (veja Fides 2/9/2015). "Todos os nigerianos devem aderir à luta contra a corrupção, a fim de recuperar as oportunidades perdidas".
Os Bispos expressam apreço pelos sucessos alcançados na luta contra Boko Haram, permitindo um retorno gradual às suas casas dos refugiados e pessoas deslocadas internamente. Essas pessoas, no entanto, precisam dos esforços de todos para a reconstrução e a reconciliação. A Igreja Católica, afirmam os bispos, fará a sua parte.
A mensagem conclui convidando os fieis a rezarem pela Nigéria, num momento decisivo para a nação: apesar da realização pacífica das eleições de março, é preciso estar sempre vigilantes. (L.M.) (Agência Fides 28/9/2015)
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