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Cairo (Agência Fides) – Aos dirigentes do Partido salafita al-Nour serviu do recurso a uma velha Fatwa, emitida pelo xeque albanês Mohammed Nasreddin al Albani, para justificar aos olhos dos dirigentes e militantes mais rígidos, a cooptação de candidatos coptas nas listas eleitorais de formação política islâmica, em vista das próximas eleições políticas.
Segundo fontes coptas consultadas pela Agência Fides, a Fatwa pronunciada pelo estudioso de Lei corânica morto em 1999, e hoje retomada como ponto de referência pelos líderes de al-Nour – justifica a presença de batizados nas listas de matriz islâmica com o argumento de que os cristãos são considerados menos perigosos do que os ateus para o Islã, e representam uma espécie de “mal menor”.
No entanto, as discussões sobre a oportunidade de candidatar os cristãos nas listas islâmicas continuam também no seio da comunidade copta. Nos dias passados (veja Fides 11/9/2015), Nader El-Serafy, candidato cristão nas listas de al-Nour, em resposta às polêmicas de quem critica a sua escolha, sublinhou que a Igreja copta nunca condenou a escolha dos cristãos que decidem militar nos Partidos de inspiração islâmica. A seu ver, a presença de batizados nas listas de al-Nour representa “um modelo bom de exercício da cidadania”, e mostra que as pessoas de vários credos religiosos podem coexistir na mesma formação política seguindo programas que olham para o interesse nacional e não para reivindicações particulares. (GV) (Agência Fides 22/9/2015).
