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Dallas (Agência Fides) – “A recente onda de sentimentos anti-imigrantes em meio a personagens públicos não é uma novidade na história americana”, disse o Bispo de Dallas (Texas, USA), Dom Kevin Joseph Farrell em sua rubrica na revista diocesana.
“O fantasma do nativismo circunda novamente nossa terra. Os desrespeitosos e difamadores são outros, mas o modo de agir é o mesmo”, disse em seu texto de 31 de julho.
Os católicos, especialmente, devem recordar que “fomos estrangeiros residentes no país – não o Egito, mas os Estados Unidos”, disse, referindo-se ao fato que o catolicismo foi considerado desde o início do século passado ‘subversivo’ para a democracia estadunidense.
Afastados de cargos estatais e proibidos de praticar abertamente sua fé, os católicos foram tratados como cidadãos de segunda classe que não mereciam os plenos direitos de cidadãos dos Estados Unidos.
Todavia, não foi apenas a religião a suscitar os suspeitos de grupos nativistas como Know Nothings e Ku Klux Klan, recordou o Bispo. Minorias raciais como , europeus do leste, italianos e irlandeses foram considerados como ameaças para os Estados Unidos.
Estas minorias religiosas e raciais “foram rotulados como sub-humanos, preguiçosos, alcoolistas e incapazes de uma cidadania produtiva”.
Hoje, este mesmo “medo e o suspeito pelo outro” escondem aquilo que o Bispo define como a recente tendência de “atingir os imigrantes”. Dom Farrell disse que os católicos, especialmente, devem se recordar do trecho do Êxodo em que aos Israelitas é dito “Não oprimam ou aflijam um morador estrangeiro, porque vocês também foram estrangeiros no país do Egito”.
A situação dos migrantes no Texas ainda é muito incerta porque somente os grupos religiosos acolhem os migrantes e lhes oferecem apoio, à espera da aprovação da lei sobre a imigração (veja Fides 8/05/2015 e Fides 10/04/2015).
(CE) (Agência Fides, 06/08/2015)
