Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Washington (Agência Fides) – A prática de deter as famílias migrantes que fogem da violência na América Central será uma “mancha” na herança do presidente Barack Obama e na imagem do país: foi o que disseram ontem, 9 de abril, os líderes religiosos que recentemente visitaram o centro de detenção para famílias em Dilley, no Texas (veja Fides 28/03/2015).
Kevin Appleby, Diretor das políticas migratórias da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), advertiu que a prática da detenção “tem o potencial suficiente para deteriorar a herança do Presidente sobre a questão da imigração. Com uma mão se dá, com a outra se tira".
Na nota enviada a Fides, destaca-se que também na coletiva de imprensa realizada ontem pela “Lutheran Immigration and Refugee Service” (LIRS), que faz parte do grupo que visitou o centro do Texas, levantou-se o problema dos organismos de assistência aos imigrantes que são expressão de realidades religiosas (6 num total de 9). Esses organismos são acusados de não fornecer a assistência de saúde completa, de acordo com a lei americana, que prevê também o aborto e o uso de contraceptivos para os adolescentes. Entre os imigrantes, há de fato várias jovens que engravidaram em decorrência de violências sofridas por militares e por delinquentes que aproveitaram de sua condição.
Um dos grupos que insiste sobre este aspecto é a União Americana da Liberdade Civil (ACLU), que inicialmente trabalhava com a Caritas e outros organismos de confissão cristã a favor dos migrantes e que agora os acusa de não oferecer assistência médica completa às jovens migrantes grávidas. A USCCB reiterou que uma abordagem do gênero vai contra os próprios princípios e os direitos dessas pessoas vulneráveis. (CE) (Agência Fides, 10/04/2015)
