Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Kinshasa (Agência Fides) - "De leste a oeste, de norte a sul, o território de Rutshuru se encontra na insegurança", afirma um comunicado enviado à Agência Fides pela Sociedade Civil do Kivu do Norte, no leste da República Democrática do Congo (RDC). O comunicado noticia a morte de quatro policiais, incluindo o chefe local adjunto da Agência de Inteligência Nacional (Agence Nationale des Renseignements - ANR) na região.
Os quatro policiais foram mortos em 17 de março num tiroteio na cidade de Bunagana, em frente a um hotel de propriedade de um ex-membro do M23, o movimento rebelde pró-Ruanda oficialmente dissolvido há tempo, mas que se suspeita esteja em fase de recuperação.
Sempre em 17 de março oito homens foram seqüestrados: a van em que viajavam foi parada por homens armados na estrada entre Butembo e Goma, capital do Kivu do Norte. Apenas os passageiros do sexo masculino foram sequestrados, enquanto as mulheres foram poupadas.
Segundo a coordenação da sociedade civil local, estes episódios são tentativas do M23 para desestabilizar o Kivu do Norte a fim de bloquear as operações conduzidas pelos militares congoleses contra as Forças Democráticas de Libertação de Ruanda (FDLR), outro grupo de origem ruandesa, originalmente formado por milicianos hutus acusados do genocídio de 1994. M23 e FDLR deveriam ser adversários. De fato, entre os diversos grupos armados presentes no Kivu do Norte foram formados acordos e tácitos compromissos para dividir o controle da exploração ilegal dos enormes recursos naturais da área. (L.M.) (Agência Fides 18/3/2015)
