ÁFRICA/RD CONGO - Assassinado sacerdote no leste do país; o Bispo de Goma denuncia a insegurança na região

Sexta, 27 Fevereiro 2015

Kinshasa (Agência Fides) – O ecônomo da paróquia de Mweso (no Kivu do Norte, no leste da República Democrática do Congo), Pe. Jean-Paul Kakule Kyalembera, foi assassinado numa aparente tentativa de assalto na noite de 25 de fevereiro.
“Parece que se tratou de um ato de banditismo”, confirma à Agência Fides Dom Théophile Kaboy Ruboneka, Bispo de Goma, diocese à qual pertence Mweso. “O sacerdote estava fechando as portas da igreja quando descobriu que um ou mais bandidos estavam escondidos em algum lugar. Os criminosos atiraram sem hesitação, atingindo-o no abdômen e na cabeça. Pe. Kakule morreu na hora”.
Dom Kaboy acrescenta que “três pessoas suspeitas foram detidas e estão sendo interrogadas. Não tenho detalhes a respeito, também porque me encontro em Kinshasa e estou voltando a Goma. O corpo de Pe. Kakule será transportado a Goma, onde será velado toda a noite. A Missa e o funeral serão celebrados no sábado”.
O Bispo de Goma destaca que “na nossa diocese existem inúmeros grupos que aterrorizam a população e existem demasiadas armas em circulação. Entre as vítimas da violência e das extorsões, estão também religiosas, que são ameaçadas de morte se não pagam um resgate de quatro mil dólares. A situação, portanto, permanece muito perigosa”, conclui Dom Kyalembera.
Segundo as informações enviadas à Agência Fides, em novembro passado, o pároco da mesma igreja na qual foi assassinado Pe. Kakule escapou de uma tentativa de homicídio. Sempre em Kivu do Norte, desde 19 de outubro de 2012 não se há notícias de três sacerdotes assuncionistas sequestrados em sua paróquia de Notre-Dame des Pauvres di Mbau, a 22 km de Beni (veja Fides 22/10/2012). Um fato que foi recordado numa nota da Conferência Episcopal Congolesa sobre a morte de Pe. Kakule, que se conclui afirmando: “Depois do sequestro de três sacerdotes assuncionistas, a Igreja na RDC ainda está de luto pela morte de um sacerdote, cujo movente permanece incerto”. (L.M.) (Agência Fides 27/2/2015)


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