Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Nova Délhi (Agência Fides) – Protestos foram feitos nos últimos dias para pedir a proteção da polícia nas igrejas. Após o incêndio misterioso que em 1º de dezembro afetou a igreja católica de São Sebastião na área leste de Délhi, a Polícia Criminal Especial de Délhi montou uma equipe especial para investigar. Mais de 5 mil fiéis, de todas as denominações (católicos, anglicanos, batistas, metodistas e evangélicos) pediram justiça. Até mesmo as autoridades católicas se moveram: o Arcebispo de Délhi, Dom Anil Couto, escreveu ao primeiro-ministro Narendra Modi e ao Ministro do Interior, Rajnath Singh, pedindo transparência numa investigação que traga resultados.
Diante dos receios manifestados pelos cristãos, a polícia ordenou a presença de guardas em frente das principais igrejas da cidade. Depois do incêndio, as igrejas estão considerando a necessidade de dispor de guardas de segurança privada.
Para responder à intolerância, os franciscanos na Índia programaram uma celebração nacional, em 10 de dezembro, em todas as suas instituições educacionais e sociais, com um foco especial sobre a liberdade religiosa e harmonia inter-religiosa. O dia será celebrado pelas 52 congregações franciscanas presentes em 65 províncias, em todo o território da Índia, que acolhem mais de 50 mil religiosos e religiosas.
Frei A.J. Mathew OFM Capp, presidente da Família Franciscana na Índia, disse à Fides: “Nesses dias, estamos assistindo a um aumento da violência contra os cristãos na Índia. É uma grave violação dos nossos direitos fundamentais, consagrados na Constituição. A destruição de locais religiosos e a violência contra os cristãos devem ser condenados por todos os cidadãos”.Dentre os episódios citados, recordam-se, além do incêndio da Igreja de Délhi, os ataques a duas igr ejas em Madhya Pradesh, a perseguição em 50 aldeias do distrito de Bastar, em Chhattisgarh, e a violência contra famílias cristãs em Orissa. (PA) (Agência Fides 5/12/2014)
