ÁSIA/SRI LANKA - Os Bispos entre viagem do Papa e eleições: “A visita se realizará sem problemas”

Segunda, 3 Novembro 2014

Colombo (Agência Fides) – “O nosso pedido ao Governo sempre foi que as elelições não deveriam se realizar logo depois da visita do Santo Padre ao Sri Lanka, porque o evento poderia ser utilizado politicamente pelas partes interessadas como instrumento de campanha eleitoral. Se forem realizadas eleições antes da visita, pedimos que os preparativos para a peregrinação do Papa não sejam prejudicados. Nós solicitamos ao Presidente que exista um espaço de tempo suficiente entre os dois eventos e seja garantido que tudo seja feito de modo que a visita se realize sem problemas”: é o que afirma um comunicado oficial dos Bispos cingaleses, enviado à Agência Fides, para responder às insistentes vozes que circulam na imprensa e nas redes sociais, que colocam em dúvida a visita do Papa ao país asiático em janeiro de 2015.
O comunicado, assinado pelo Bispo Raymond Wickramasinghe, Presidente do “Secretariado para a mídia sobre a visita do Papa”, busca esclarecer e dizer uma palavra definitiva sobre o caso, objeto de fortes especulações na imprensa nacional.
O comunicado precisa: “A decisão de realizar as eleições e de fixar uma data para esse pleito está inteiramente nas mãos do Governo e da Comissão eleitoral. A Igreja não tem qualquer interesse em tentar interferir. De nenhum modo o Presidente ou outros membros do governo tentaram pressionar a Igreja para deter ou atrasar a visita do Papa ao Sri Lanka”.
Na realidade, acrescenta o texto enviado à Agência Fides, “as autoridades civis nos forneceram ampla cooperação e apoio para todas as iniciativas necessárias à visita”.
“O governo ainda – continua a nota – nos informou que o Presidente, quando visitou o Santo Padre no Vaticano, reiterou que o acolheria no Sri Lanka com grande calor. A Conferência Episcopal convidou precedentemente o Papa e, porque se trata de uma visita de Estado, o Governo procedeu com o seu próprio convite”.
O comunicado lança um apelo “a todas as partes interessadas para que não instrumentalizem a visita do Papa ao Sri Lanka” e conclui: “Vamos votos e rezamos para que sejamos capazes de acolher o Santo Padre com a tradicional hospitalidade e pedimos a todos que colaborem para tornar este evento um sucesso”. (PA) (Agência Fides 3/11/2014)


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