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Hanói (Agência Fides) - No Vietnã, os povos indígenas representam 14% da população e dentre eles o maior grupo étnico e o mais pobre que se chama Mong. A Ong católica Manos Unidas, junto com outras organizações locais, lançaram uma série de iniciativas no norte do país (a área mais montanhosa onde se encontram as províncias de Hoa Binh, Phu Tho e Thai Nguyen), para tentar melhorar as condições de vida de cerca de duas mil famílias de agricultores. Estes grupos étnicos, marginalizados e isolados, se encontram de fato diante de enormes dificuldades para ter acesso a recursos aos quais eles têm todo o direito e se eles conseguem a falta de formação não cria obstáculo ao uso correto. Essas pessoas, que têm acesso limitado ao reconhecimento da posse da terra, ao crédito e aos serviços públicos, como educação e saúde, baseia seus meios de subsistência nos recursos naturais, plantando arroz e milho. Cultivam também plantas medicinais e de linho muito úteis para a confecção de tecidos. No entanto, os benefícios da terra estão diminuindo; o desmatamento e erosão aumentam a vulnerabilidade a desastres naturais. Além disso, a terra e as grandes florestas para os nativos, não são apenas fonte de vida, mas lugares onde viveram seus antepassados e suas divindades. A posição remota e as tradições são um grande obstáculo para a sua integração na economia de mercado e as diversas oportunidades de desenvolvimento, embora, ao mesmo tempo, essas tradições e hábitos lhes ajudam a conservar alguns territórios que garantam a sustentabilidade ambiental média. Com seu projeto, Manos Unidas e seus parceiros locais optaram por manter o valor e as tradições desses grupos, e o respeito pela natureza baseando a sua aposta sobre o desenvolvimento sustentável, que apoia as comunidades de base, com fornecimento de meios de vida sustentável e aumento da produção agro-florestal de produtos locais, mais competitivos no mercado. (AP) (12/9/2014 Agência Fides)
