ÁFRICA/SOMÁLIA - Caritas: "Nas aldeias livres dos Shabaab ainda há graves violações dos direitos humanos”

Sábado, 8 Setembro 2012

Mogadíscio (Agência Fides) - Continua a ofensiva das forças quenianas e da AMISON (Missão Africana na Somália), com as tropas do governo de transição somali em Chisimaio, cidade portuária do sul da Somália, último importante bastião dos integralistas Shabaab. “Teme-se uma nova onda de refugiados da Somália devida aos combates na área de Chisimaio" – diz à Agência Fides Maria Grazia Krawczyk, responsável da Caritas Somália.
"A situação na área ao redor da cidade permanece fluida, com diversas aldeias ainda não completamente controladas pelas tropas do governo somali" – afirma a Sra. Krawczyk. "Testemunhos que chegam da área, nas aldeias ‘livres’ do exército, indicam que não existe mudança nas condições de vida dos habitantes: quem deter o poder mudou, mas os problemas ainda existem principalmente em relação aos direitos humanos (em particular os das mulheres)”. “Parece também que onde os Shabaab perderam terreno despertaram-se as tendências dos clãs. O exército e o governo, por não serem compactos, estão se dividindo segundo as tradicionais linhas dos clãs. Os Shabaab, com sua ideologia baseada no islã político, haviam colocado os clãs de lado, mas onde o poder dos Shabaab se reduziu, reemergiram os chefes tradicionais. Os jogos de poder entre os diversos clãs influenciarão grandemente a eleição do Chefe de Estado, no dia 10 de setembro” – conclui a responsável da Caritas Somália. O Presidente será eleito pelo Parlamento, nomeado em agosto pelos anciãos dos diversos clãs. (L.M.) (Agência Fides 8/9/2012)


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