ÁSIA/SÍRIA - O Vigário Apostólico de Aleppo apóia o esforço de reconciliação da "Mussalaha"

Segunda, 16 Julho 2012

Aleppo (Agência Fides) - "Creio que a iniciativa 'Mussalaha' deva ser encorajada e apoiada por todos. A reconciliação, apesar de ser por vezes difícil de aceitar, é um caminho que não deve ser subestimado nem desvalorizado”. Com estas palavras, expressas à Agência Fides, Dom Giuseppe Nazzaro OFM, Vigário Apostólico de Aleppo, confirma o apoio institucional da Igreja na Síria à iniciativa popular inter-religiosa "Mussalaha" ("Reconciliação"), que se está delineando como uma “terceira via” no cenário sírio: na tentativa de contribuir para pacificar o conflito em andamento, aposta no “diálogo interno” entre os diversos atores políticos, sociais e religiosos da população síria.
O Bispo explica à Fides: "Segundo a minha experiência no campo, principalmente pelo que meus irmãos franciscanos fizeram no passado, chamados a intervir em situações delicadas, creio que a 'Mussalaha' deva ser apoiada. Concordo plenamente com o seu espírito, porque seu fim principal é salvar vidas humanas”. “O homem de hoje, como vemos no trágico conflito na Síria - nota Dom Nazzaro - deve compreender que uma vida humana é um dom de Deus, e como tal, deve ser defendida por respeito a Deus, que a deu ao homem, seja ele cristão, muçulmano, judeu ou budista”.
O movimento "Mussalaha", que está ganhando força não obstante a guerra civil, em diversas áreas da Síria, nasceu “de baixo”, da sociedade civil, é inter-religioso, transparente e independente (veja Fides 6, 9, 11 /7/2012). Visa dialogar com ambas as partes em luta e persegue o objetivo da salvação de vidas humanas, reconciliação, unidade e fraternidade do povo sírio. Fazem parte do movimento líderes civis e religiosos, chefes de comunidades, personalidades e profissionais. Graças ao empenho de um Comitê da "Mussalaha" para a mediação do conflito, nos últimos dias mais de 60 civis, em maioria cristãos, deixaram a castigada cidade de Homs e foram salvos. A evacuação dos civis foi possível graças ao acordo bilateral entre forças governamentais, que circundam a cidade, e as facções de revolucionários armados. (PA) (Agência Fides 16/07/2012)


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