ÁSIA/PAQUISTÃO - Direitos humanos e minorias religiosas: Paquistão vigiado

Sexta, 8 Junho 2012

Islamabad (Agência Fides) – Aumentar os esforços para proteger os direitos humanos, aprovar leis sobre questões cruciais como a tortura, a instrução e os direitos das mulheres: esses são os pedidos apresentados ao governo paquistanês pelo Alto Commissário da Onu para Direitos Humanos, Navi Pillay, na conclusão de uma visita de quatro dias ao país (4-7 de junho). "Todos os direitos devem ser garantidos a todas as pessoas no Paquistão, independentemente de seu sexo, religião, grupo social", afirmou, notando que o Paquistão realizou alguns progressos, mas “tem uma longa estrada a percorrer em outros setores”, para um maior respeito dos direitos humanos, em especial no que diz respeito às minorias religiosas.
Ontem, Navy Pillay teve um encontro direto com Paul Bhatti, Conselheiro Especial do Primeiro-Ministro para a Harmonia nacional, discutindo questões sobre, especialmente, as minorias religiosas e os programas sociais. Como referido à Agência Fides, Bhatti afirmou que "o governo está tomando todas as medidas possíveis para enfrentar problemas como pobreza, analfabetismo e intolerância", convidando a comunidade internacional a colaborar com o Paquistão "para estabelecer a paz e promover a harmonia inter-religiosa". Bhatti recordou a existência de uma “Comissão Nacional para as Minorias religiosas” e o seu trabalho no Ministério para a Harmonia nacional, que nasceu justamente para atenuar os problemas entre "maioria e minorias". Pillay elogiou os esforços do governo para a tutela das minorias, olhando favoravelmente para “os programas de bolsas de estudo no exterior para estudantes paquistaneses”.
Justamente nos dias passados, depois de um debate que durava meses, o Presidente do Paquistão, Ali Zardari, assinou um decreto que institui a “Comissão Nacional sobre os Direitos Humanos”, que terá a tarefa de monitorar a situação, acolher sinalizações e promover investigações especiais no campo dos Direitos Humanos. A Comissão, que será renovada a cada quatro anos, será composta por 10 membros: um presidente; um representante de cada uma das quatro províncias e dos dois territórios em que a nação está dividida; dois expoentes das minorias religiosas; e a Presidente da Comissão nacional sobre o status das mulheres. Pelo menos dois membros da Comissão devem ser mulheres. Como verificado pela Agência Fides, a Igreja Católica e a sociedade civil acolheram favoravelmente esse passo realizado pelo governo paquistanês, fazendo votos de que “a nova instituição sirva para melhorar o padrão da tutela dos Direitos Humanos no país". (PA) (Agência Fides 8/6/2012)


Compartilhar: