ÁFRICA/CONGO RD - Ruanda desmente que apoia a guerrilha congolesa

Terça, 29 Maio 2012

Kinshasa (Agência Fides) - O Governo de Ruanda desmentiu com uma nota do Ministro das Relações Exteriores, Louise Mushikiwabo, as afirmações contidas num relatório confidencial das Nações Unidas sobre o recrutamento de cidadãos ruandeses a serem enviados para reforçar o movimento de guerrilha M23 que atua no Kivu Norte, no leste da República Democrática do Congo (veja Fides 24/5/2012). O M23 é descrito como um movimento formado por soldados congoleses desertores.
Segundo a BBC, que publicou o relatório, "a ONU interrogou 11 combatentes que abandonaram suas posições nas florestas entre a RDC e Ruanda. O relatório descreve esses desertores como cidadãos ruandeses recrutados em Ruanda, sob o pretexto de se unir ao Exército nacional, incluindo um menor", explica a emissora televisiva.
"Alguns combatentes disseram que foram recrutados em fevereiro", afirma a BBC. Os confrontos entre as Forças Armadas Congolesas (FARDC) e o M23, oficialmente formado em 6 de maio, estão concentrados no território de Rutshuru, a norte de Goma, e mais precisamente numa área limitada, perto da fronteira com o Ruanda e Uganda.
As declarações do relatório da ONU tiveram ampla divulgação na imprensa congolesa. "Classificado como reservado, o relatório da ONU destaca o perigoso jogo de Ruanda de se apresentar como a principal causa da insegurança que reina constantemente no leste da RDC. Este documento reforça as conclusões do relatório Mapping sobre o saque dos recursos da RDC (veja Fides 7/5/2011), também feito pelas das Nações Unidas", escreve o jornal" Le Potentiel" de Kinshasa. (L.M.) (Agência Fides 29/5/2012)


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