Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Roma (Agência Fides) – “A Igreja no Egito está em fase de discernimento” – diz à Agência Fides pe. Nabil Fayez Antoun, Diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Egito, que se encontra em Roma para a Assembleia Geral das POM. “A sociedade egípcia está em movimento e para a Igreja, chegou o momento de entender se privilegiar o serviço à pequena comunidade cristã ou abrir-se ao serviço de todo o povo egípcio” – explica pe. Antoun.
“Existem, todavia, de nossa parte, sinais de uma abertura maior. Estamos formando jovens a serem inseridos no mundo da política, para que estejam a serviço de todos os egípcios. Estou promovendo encontros entre jovens cristãos e jovens muçulmanos. No Egito, sente-se a falta de lugares de encontro e de diálogo entre pessoas de diferentes crenças para debater problemas comuns” – afirma o Diretor das POM egípcias.
Dentre os problemas comuns, pe. Antoun destaca aqueles que derivam da cultura secularizada imposta pela globalização financeira a todo o mundo. “A globalização é um tsunami que passa por cima de todos” – afirma pe. Antoun. “No Egito também se sentem os efeitos da secularização: penso nas famílias que se desagregam, na chaga do aborto, silenciosa, mas presente”.
“Os fundamentalistas islâmicos são uma reação a esta situação das coisas: pretendem criar um muro para defender a sociedade da cultura gerada pela globalização. Parece um ataque, mas na realidade, estão em uma posição de defesa” – conclui pe. Antoun. (L.M.) (Agência Fides 10/5/2012)
