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Cartum (Agência Fides) - O governo sudanês estabeleceu medidas de austeridade visando aparentemente financiar um conflito maior com o Sudão do Sul. As autoridades de Cartum ordenaram à administração civil de reduzir o consumo de combustíveis para atender às necessidades das forças armadas. Os funcionários públicos deverão ceder dois dias de salário ao exército, assim como a administração e as empresas estatais cederão uma parte de seu orçamento para apoiar o esforço bélico.
Os dois países combatem há semanas pelo controle da área petrolífera de Heglig, reconquistada por Cartum depois de duros combates. Atualmente, parecem ter cessado os bombardeamentos da aviação sudanesa nas áreas petrolíferas do estado de Unità, no Sudão do Sul. Como gesto de distensão, as autoridades de Juba libertaram 14 soldados de Cartum capturados precedentemente.
No campo diplomático, o Presidente Selva Kiir reduziu a duração de sua visita à China para enfrentar a emergência bélica. A visita de Kiir à China é significativa. Pequim, de fato, é o maior comprador de petróleo sudanês, que provém em grande parte do Sudão do Sul e é exportado através do Sudão. É, portanto, interesse da China que os dois países se reconciliem para continuar a assegurar a Pequim um fornecimento regular de petróleo. O Sudão do Sul está tentando financiar a construção de um novo oleoduto em direção do Quênia, para não precisar das estruturas de Cartum. No momento, a China não parece intencionada a financiar o projeto. Pequim anunciou o envio de um representante para mediar entre Juba e Cartum. (L.M.) (Agência Fides 26/4/2012)
