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Tegucigalpa (Agência Fides) - A Conferência Episcopal de Honduras lembrou a necessidade de “uma verificação e uma limpeza rápida e eficaz da Polícia Nacional”, instituição que “foi duramente envolvida em atos ilegais”. Os bispos publicaram uma séria reflexão sobre a violência que está dominando o país, inspirando-se no incêndio que matou 359 detentos em 14 de fevereiro (veja Fides 16/02/2012). No comunicado, intitulado “Em defesa da Vida”, os Bispos declaram que “a Polícia de Estado foi duramente envolvida em atos ilegais, alguns realmente terríveis, cometidos por membros da instituição”, como “consequência da impunidade” e da falta de respostas por parte do Estado às justas exigências dos cidadãos. Os Bispos afirmam que nem todos os membros da Polícia estão envolvidos; todavia, manifestam profunda preocupação pela fragilidade desta instituição responsável pela tutela da vida e da segurança de todos os cidadãos. Também apontam que a violência, reação humana diante de certas agressões, é o resultado de “promessas não mantidas e de políticas de partido que geram benefícios a poucos e vão contra a maioria”.
Os Bispos denunciam a situação do país com estas palavras: “Está sendo construída uma cultura que justifica a conduta violenta porque não é capaz de condenar o machismo, pois a considera uma consequência das disputas sociais ou uma parte da rejeição de grupos sociais”. O problema da violência em Honduras “requer uma séria reflexão” porque “o mau exemplo de modelos familiares negativos e agressivos, a longo prazo se traduz em comportamentos violentos que estão gerando uma cultura que justifica certos comportamentos violentos”.
Isto coloca todos em alerta, porque existem motivos fundados “para temer episódios de violência não apenas na população carcerária, mas no povo de Honduras em geral”, que se sente agredido por “membros corruptos no âmbito das forças de segurança do Estado”. A Conferência Episcopal se propõe em construir “uma cultura de paz” em Honduras, e por este motivo, lançou uma campanha junto com a Pastoral Social da Caritas. (CE) (Agência Fides, 27/02/2012)
