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Comayagua (Agência Fides) - São 272 os mortos até então acertados no incêndio na noite de 15 de fevereiro na prisão de Comayagua, em Honduras. O número dos feridos, internados no hospital, é de cerca de 60 detentos. As cifras, fornecidas pelo responsável da administração penitenciária e por fontes médicas, são infelizmente provisórias, já que o porta-voz dos bombeiros disse que ainda é impossível verificar exatamente qual seja o número dos mortos e o dos possíveis fugitivos. No cárcere, havia 852 detentos.
Caritas Honduras publicou o comunicado do Bispo da região, Dom Roberto Camilleri, OFM, Bispo da diocese de Comayagua, documento que é assinado também pelo presbitério da diocese, cuja cópia foi enviada à Agência Fides. Eis o texto: "A Igreja Católica da diocese de Comayagua deplora profundamente o que aconteceu durante a pior tragédia na história das prisões do nosso país… Convidamos todos, com um esforço comum, a aliviar as necessidades mais urgentes dos sobreviventes e das famílias atingidas. Sentimos muito que este seja o terceiro incidente que se verifica nas prisões em Honduras, com o agravante que o cárcere penal de Comayagua era considerado de máxima segurança nacional.
Consideramos deploráveis as condições desumanas de vida e de segurança na terrível superlotação da população carcerária que existe no nosso país. Em especial, o Centro de Comayagua foi construído para hospedar 250 pessoas, enquanto a população era de 852 prisioneiros. Convidamos todas as instituições da sociedade hondurenha a pedir às nossas autoridades que garantam a proteção e a dignidade dos prisioneiros, para não repetir uma triste tragédia como esta, que envolveu tantas famílias em Honduras. Pedimos à comunidade cristã que ofereça as suas orações ao Deus da vida, para que acolha na sua glória os nossos irmãos defuntos, e aos parentes dizemos: não estão sós, mas Deus os acompanha nesses momentos difíceis." (CE) (Agência Fides, 16/02/2012)
