AMÉRICA/ESTADOS UNIDOS - Lançado projeto em 4 nações para combater o trabalho infantil através da instrução

Segunda, 13 Fevereiro 2012

Nova York (Agência Fides) – Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 152 milhões de crianças de 5 a 14 anos são vítimas do trabalho infantil. A maior parte delas pertence a grupos sociais marginalizados e provém de famílias muito pobres. Além disso, 67 milhões de menores não frequentam escolas fundamentais e nem o primeiro ciclo do ciclo secundário. Em maio de 2010, os representantes de 97 países participaram de uma Conferência mundial sobre o trabalho infantil, realizada em Haia, onde foi concordada uma ‘road map’ para eliminar as piores formas de exploração infantil até 2016. Um elemento fundamental deste documento prevê novas medidas para melhorar o acesso à instrução gratuita, obrigatória e de qualidade, para todas as crianças. Todavia, se a atual tendência não mudar, a comunidade internacional não conseguirá alcançar o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio, que prevê a instrução universal até 2015. A este respeito, o Programa Internacional para a Erradicação do Trabalho Infantil (IPEC) da OIT lançou um projeto destinado a enfrentar o problema, promovendo a instrução como primeiro instrumento. O objetivo principal é reforçar os vínculos, no âmbito das políticas, entre educação e trabalho infantil, organizando iniciativas para que as crianças vítimas do fenômeno ou sob risco tenham mais oportunidades de acesso às aulas. Atualmente, o projeto será promovido em quatro países com diferentes níveis de desenvolvimento econômico e social de diversos continentes: Bolívia, Indonésia, Mali e Uganda. Facilitar o acesso à instrução de qualidade para todas as crianças é o objetivo principal. Ocupar-se desta chaga pode incentivar um aumento da assiduidade às aulas e a melhoria do acesso à escola, o que certamente contribui para prevenir o trabalho infantil. Sem uma mínima educação de base, as crianças são mais vulneráveis. O projeto terá a cooperação de redes educativas nacionais, colaboradores sociais, organizações da sociedade civil e outros setores envolvidos. Serão criados novos recursos para facilitar a orientação das pessoas envolvidas em programas de formação para adolescentes analfabetos. (AP) (13/2/2012 Agência Fides)


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