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Jacarta (Agência Fides) – Salvar as igrejas cristais na Indonésia da influência e dos ataques de grupos radicais islâmicos é necessário e possível: afirma o novo relatório publicado pela "Paramadina Foundation", organização muçulmana da sociedade civil, engajada em promover a tolerância religiosa. A pesquisa intitulada "A controvérsia sobre igrejas na Grande Jacarta" e enviada à Agência Fides, evidencia os fatores que geram relações inter-religiosas construtivas, analisando as situações em que as igrejas cristãos não só receberam a permissão de construir mas que, uma vez construída, tornaram-se um fator de enriquecimento e socialização positiva para toda a sociedade. O relatório refere-se ao problema da Yasmin Church e da Igreja Presbiteriana, que receberam licença para edificar em Bogor mas por oposição de grupos fundamentalistas islâmicos, não foi foram ainda construídas (ver Fides 28/11, 29/9 e 23/7 de 2011). A área de referência é a grande Jacarta onde existem grandes subúrbios como Bogor e Bekasi, lugares em que prosperam os grupos radicais islâmicos.
As histórias de sucesso contidas n relatório – que ilustra 13 casos – indicam três fatores importantes: o primeiro fator é o apoio do Governo local e da polícia. No caso de "Terang Hidup Church" (sempre dos cristãos Presbiterianos) em Jacarta, a polícia facilitou o diálogo entre a comissão de construção da igreja e grupos que se opuseram.
O segundo fator é a ajuda das elites religiosas. Por exemplo, no caso da Igreja de São Mikael em Bekasi, a comissão de construção da igreja obteve o apoio do líder muçulmano locai, que tinha contava com a confiança da comunidade circunstante. A medida iniciada e as boas relações permitiram ao projeto ter êxito positivo.
O terceiro fator é um amplo diálogo com a comunidade muçulmana da área, para sublinhar que a igreja "não serve ao proselitismo para com os muçulmanos, mas fazer com os cristãos da área possam ter um legítimo lugar de culto". Por exemplo, quando a igreja de Santo Alberto em Bekasi estava em construção, a comissão de construção convidou as comunidades vizinhas, os funcionários do Governo local e a polícia, a um série de encontros. Isto convenceu as comunidades locais a não criarem obstáculo contra a construção da igreja.
“Estes três fatores fundamentais para preservar as boas relações entre maioria e minorias religiosas – explica o Relatório – deveriam ser amplamente divulgados. Além disso, o esquema também pode ser aplicado na criação de mesquitas em comunidades de maioria cristã”. O texto enviado à Fides conclui: “O governo central deveria aprender desta pesquisa como mediar os conflitos causados pela construção de igrejas e a defender a Constituição indonésia, que garante a liberdade religiosa”. (PA) (Agência Fides 9/2/2012)
