ÁFRICA/QUÊNIA - Um centro de assistência para garantir partos seguros numa área com o índice de mortalidade mais elevado do país

Quarta, 21 Dezembro 2011

Garissa (Agência Fides) - O Garissa Maternal Shelter da Província norte do Quênia é o único centro de saúde materno-infantil numa área que registra o índice de mortalidade mais elevado do país. Com 1.000 mortes a cada 100 mil nascituros vivos registra quase o dobro da média do Quênia. No entanto, atualmente existem somente 7 mulheres internadas, em comparação às 24 que podem ser acolhidas. O motivo principal é a falta de conhecimento da presença da estrutura, a ignorância e falta de meios para chegar até lá. Segundo o Relatório Demográfico de Saúde 2009 do Quênia, a mortalidade materna no país é de 448 a cada 100 mil nascituros vivos. O índice duplicou na província do norte, sobretudo pela falta de acesso das mulheres aos serviços de saúde por causa de longas distâncias, a dificuldade de pagar os serviços e por causa da ignorância. Além disso, a região em algumas áreas é semi-árida e em outras áridas, e a maior parte das comunidades têm de sobreviver com ajuda humanitária que recebem. O centro trata também casos de mulheres que tiveram gravidez na adolescência, abortos, cesarianas, deslocamento da placenta, pré-eclampsia leve ou hipertensão. Ao contrário de outros centros do país, esse permite às mães de manterem consigo seus filhos.
Por ser o único centro de assistência materna presente na região, atende mulheres provenientes de localidades a centenas de quilômetros. Embora a estrutura tenha sido fundada em 2007 e seja mantida pelo governo queniano, as Nações Unidas a adotaram como projeto-piloto, pois esta é a primeira vez em que se encontra em uma comunidade com tantos desafios. Em caso de resultado positivo, poderá ser criado outro projeto, com o objetivo de reduzir o alarmante índice de mortalidade na região. Esta área é pouco habitada e são necessárias estruturas também em Awjir e Mandera, para que as pessoas não devam caminhar tanto para serem atendidas. (AP) (21/12/2011 Agência Fides)


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