AMÉRICA/ESTADOS UNIDOS - Os Bispos recordam o dever moral de contribuir para proteger “a vida e a dignidade dos trabalhadores” no contexto de dificuldades econômicas sempre maiores

Washington (Agência Fides) – Os Bispos católicos dos Estados Unidos solicitaram ao Congresso que amplie a indenização de desemprego, porque existe o “dever moral de contribuir para proteger a vida e a dignidade dos trabalhadores”. O Presidente da Comissão "Justiça e Desenvolvimento Humano" da Conferência Episcopal dos Estados Unidos, Dom Stephen Edward Blaire, Bispo de Stockton (Califórnia), enviou uma carta aos parlamentares na qual recorda que “para milhares de trabalhadores e suas famílias, os problemas econômicos continuam a piorar”.
A Câmara dos Representantes deve discutir nestes dias vários projetos para ampliar a identidade de desemprego e aplicar a redução de impostos sobre os salários dos trabalhadores.
Todavia, permanecem profundas diferenças entre democráticos e republicanos no que se refere ao financiamento destes benefícios. Os Republicanos, que detêm a maioria na Câmara dos Representantes, estão dispostos a estender a indenização de desemprego e efetuar cortes aos impostos se o presidente Barack Obama prometer que nos próximos meses será autorizada a construção de um oleoduto das jazidas de petróleo de Canadá às refinarias no sul dos Estados Unidos. Os Democráticos propõem que os benefícios sejam financiados aumentando os impostos às famílias mais ricas do país e mantêm sua oposição à construção do oleoduto, temendo prejuízos ambientais.
“Os Bispos católicos disseram tempos atrás que o modo mais eficaz para construir uma economia justa é a disponibilidade de postos de trabalho dignos, com salários decentes” - escreve Dom Blaire. "Quando a economia não gera empregos suficientes, existe a obrigação moral de contribuir para proteger a vida e a dignidade dos trabalhadores desempregados e suas famílias" – acrescentou. Dom Blaire lamenta também um “mal-estar econômico em todo lugar” e de modo especial, o fato que os desempregados frequentemente levam mais de dez meses para encontrar um novo trabalho”, e que para cada emprego oferecido, existem quatro pessoas sem emprego. (CE) (Agência Fides, 15/12/2011).