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Yangon (Agência Fides) – A celebração dos 100 anos de fundação da Catedral de Yangon, em 8 de dezembro, “será um momento significativo para a comunidade cristã: por sua história e por sua fé, mas também para o futuro, pelo papel que os cristãos querem desempenhar num país livre e democrático”: assim, Dom Charles Maung Bo, SDB, Arcebispo de Yangon, conta à Agência Fides o sentido das celebrações que envolvem milhares de fiéis birmaneses. Em Yangon, católicos, cristãos de outras confissões e fiéis de outras religiões se reunirão em vista da Santa Missa do Centenário da Catedral de Santa Maria em Yangon, "símbolo do Cristianismo nesta terra", afirma o Arcebispo.
Na Santa Missa de 8 de dezembro, presidida pelo Card. Renato Raffaele Martino, Enviado especial do Santo Padre Bento XVI, estará presente também, como confirma a Fides Dom Bo, "a líder democrática Aung San Suu Kyi, que permanecerá do início até o final da Missa". Dom Bo, que conhece pessoalmente a líder e já a encontrou várias vezes, explica que Aung San Suu Kyi "se une a nós para testemunhar solidariedade às pessoas: mostrar que encoraja todas as religiões e todos os grupos étnicos".
A mensagem que o Arcebispo lança aos fiéis, por ocasião do centenário, é o convite a “rezar pelo país, para que possamos viver na Nova Jerusalém. Rezem para que sejam restauradas a liberdade autêntica e a dignidade do homem”. Sobre o futuro, o Prelado afirma a Fides: "Os fiéis birmaneses são muito generosos e dóceis, mas a maior parte deles não está pronta a viver a autêntica liberdade: portanto, é necessário um caminho de preparação", em que a Igreja pode ser guia e farol.
A atitude espiritual que há três anos é a bússola para os fiéis birmaneses é “renovar todas as coisas em Cristo", explica o Arcebispo. Em todo o Ano jubilar, em preparação ao Centenário, deu-se atenção ao tema da reconciliação: "Reconciliação com Deus, com os outros, com a própria consciência: tentamos reconstruir as nossas vidas e a nossa nação sobre essas bases". (PA) (Agência Fides 7/12/2011)
