ÁSIA/FILIPINAS - Caso Tentorio, a polícia identifica o mandante; a sociedade civil em peregrinação

Sábado, 26 Novembro 2011

Cotabato (Agência Fides) - A investigação sobre o assassinato de Pe. Fausto Tentorio, missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME) assassinado em 17 de outubro em Arakan, pode estar no ponto de ser resolvida: como referem fontes locais de Fides, Ferdinando Baldoman, agente do National Bureau of Investigation (NBI) no distrito de Sarangani-General Santos, anunciou que o mandante do crime foi identificado. A polícia já recolheu provas e testemunhos diversos. Sobre o nome do homem que tenha mandado a execução, existe o máximo de sigilo porque estão ainda em andamento operações para encontrá-lo. Pe. Gianni Re, Superior do PIME nas Filipinas, está em Arakan (na ilha de Mindanao, sul das Filipinas) para a celebração da missa, a 40 dias após a morte de Pe. Fausto. Numa conversa com Agência Fides Pe. Gianni Re disse: "há alguns dias, circulam notícias de prisão iminente dos assassinos ou mandantes. Elevadas autoridades do Governo me garantiram pessoalmente que a Special Task Force Força está dedicando tempo, energias e recursos para identificar os responsáveis. Aguardamos confiantes os resultados oficiais do inquérito e que justiça seja feita”. O Superior frisa que ao governo Aquino “pedimos que prossiga no compromisso de deter a série de crimes impunes e promova a autêntica paz na ilha de Mindanao”. A notícia emerge enquanto organizações da sociedade civil criticam a lentidão do inquérito (veja Fides 25/11/2011), temendo o encobrimento do caso. Os grupos temem que – para cobrir os reais responsáveis, presumivelmente ligados a grupos paramilitares manobrados pelo exército – se encontre um inocente a ser punido, como já aconteceu em outros casos de assassinatos extra-judiciais que se repetem em Mindanao.
Hoje, teve início em Davao a peregrinação organizada pelo movimento "Justiça para Padre Tentorio", que agrupa 50 organizações, congregações religiosas, grupos inter-religiosos. Milhares de ativistas e indígenas partiram de Davao rumo a Arakan, onde o missionário está enterrado.
(PA) (Agência Fides 26/11/2011)


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