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Lahore (Agência Fides) - O Bispo protestante Pervaiz Joseph e o Pastor Baber George foram obrigados a fugir para o exterior por serem vítimas de falsas acusações de blasfêmia e ameaçados de morte por radicais islâmicos e por líderes de uma organização financiada pelo governo paquistanês. É que comunica à Agência Fides o Pastor Mustaq Gill, Presidente da "Legal Evangelical Association Development" (LEAD), associação de cristãos de cristãos de todas as confissões que inclui principalmente advogados e oferece assistência legal e proteção aos fiéis cristãos no Paquistão. A LEAD, informa à Fides o Presidente, “organizou a expatriação dos dois líderes em risco de vida e hoje prevê garantir um abrigo seguro às suas famílias”. “É um episódio muito triste e emblemático das perseguições sofridas pelos cristãos em nome da lei sobre a blasfêmia” – explica Gill à Fides, pois o “Bispo é uma personalidade conhecida e muito comprometida com o diálogo inter-religioso e com a paz em nível nacional e provincial no Punjab”.
O Bispo e o pastor, que atuavam na área de Lahore (no Punjab), encontraram-se nos últimos anos com diversos líderes políticos e religiosos muçulmanos, enfrentando muitas questões relativas à lei da blasfêmia e às condições dos cristãos. “Nas semanas passadas – explica o Pastor Gill – justamente durante um debate, foram acusados de ter usado palavras de desprezo contra o Profeta Maomé, crime que os dois não cometeram”.
O Bispo, refere à fonte da Fides, era o representante cristão do organismo "International Peace Council For Interfaith Harmony" (IPCIH), que recebe financiamentos do governo paquistanês. Justamente o líder deste Conselho, Haji Rana Tahir Rehmat, com outros líderes religiosos islâmicos do movimento islâmico "Sunni Tehreek", lançaram falsas acusações de blasfêmia, desacreditando os líderes cristãos e desperdiçando anos de trabalho comum. Segundo alguns, os dois cristãos começaram a contrastar o Conselho quando decidiram abrir uma nova associação de tutela dos direitos das comunidades cristãs no Paquistão.
Interpelado pela Agência Fides, o católico Akram Gill, Ministro de Estado no “Ministério federal para a Harmonia” assegurou que “vai adquirir todas as informações necessárias sobre o caso e tomará medidas oportunas”, reiterando o compromisso do governo paquistanês com o diálogo inter-religioso. (PA) (Agência Fides 15/11/2011)
