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Kinshasa (Agência Fides) – “Todos os dias, somos testemunhas de acidentes que surpreendem por sua frequência: provocações, armas como machados ou até fuzis, destruições e incêndios, como se houvesse um inimigo pronto para a batalha ou se o objetivo das eleições fosse destruir o país ao invés de construí-lo. Como se eleições tivessem como objetivo matar e não promover e salvaguardar a vida”. Assim, o Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, Arcebispo de Kinshasa, estigmatizou o clima de violência e tensão que envenena a campanha para as eleições presidenciais de 28 de novembro, na República Democrática do Congo (RDC).
Ao falar ontem, 10 de novembro, em Kinshasa, o Cardeal assumiu como suas as preocupações das pessoas pela violência que persiste, especialmente na capital, onde “se sente uma nova explosão de medo e tensão, incerteza e pânico”. “Como podemos dar confiança a dirigentes incapazes de proteger a população? Como podemos eleger governantes que não nos dão garantias de paz, de justiça, de verdade e de amor pelo povo?” – acrescentou o Cardeal, que pede a todos para trabalhar a fim de que as eleições se realizem em clima seguro e tranquilo.
Desde 28 de outubro, início da campanha eleitoral, diversas pessoas ficaram feridas em atritos entre os aliados do atual Presidente, Kabila, e membros da oposição, de modo especial em Kinshasa e nas cidades de Mbuji-Mayi e Lubumbashi. O apelo de um dos candidatos, Etienne Tshisekedi, “para derrubar as portas das prisões” se em 48 não fossem libertados alguns aliados presos precedentemente, gerou fortes críticas.
(L.M.) (Agência Fides 11/11/2011)
