Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Roma (Agência Fides) – A herança de pe. Fausto Tentorio, missionário Pime morto há 10 dias e sepultado ontem em Mindanao, “é a capacidade de resistir ao sofrimento com a força do espírito, de vencer o mal com o bem, praticando a não-violência evangélica e o amor ao inimigo: foi isso que ele ensinou aos tribais manobo”. Estas são as armas – recordava pe. Fausto – “para domesticar a arrogância dos poderosos com dignidade e inteligência”: foi o que disse seu co-irmão pe. Luciano Benedetti PIME, que dividiu com o missionário assassinado trinta anos de experiência missionária na ilha de Mindanao. Pe. Benedetti ofereceu seu testemunho – proposto pela Agência Fides – durante a Santa Missa em memória de pe. Fausto, celebrada ontem, 25 de outubro, em Roma, na Basílica de Santa Maria Rainha dos Anjos e dos Mártires, diante de padres, religiosas, missionários, seminaristas e muitos leigos da comunidade filipina.
Ilustrando a vida do missionário morto, pe. Benedetti recordou o compromisso de pe. Fausto em “restituir dignidade e consciência aos tribos, organizando comunidade indígenas de base, ativando programas de desenvolvimento hídrico e de escolarização”. De modo especial, “ensinou-lhes o uso da palavra para expressar suas exigências de liberdade, respeito, justiça, paz, irmandade”, dons preciosos que constituem “um obstáculo aos interesses dos poderosos, principalmente nas terras dos tribais”.
Pe. Gianni Cesena, responsável de "Missio Italia" e diretor nacional das Pontifícias Obras Missionárias – principal celebrante da Eucaristia – frisou que Pe. Fausto morreu poucos dias antes do Dia Mundial das Missões, vivendo como autêntica “testemunha de Deus”, palavra cujo significado etimológico é “mártir”. Pe. Tentorio viveu e trabalhou – acrescentou pe. Cesena, “segundo o estilo de Jesus Cristo, que hoje continua a viver e atuar através dos missionários e todos os seus servidores e testemunhas”. (PA) (Agência Fides 26/10/2011)
