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Nairóbi (Agência Fides)- "No momento, consideradas as condições de segurança, permanece ativo em Dadaab o que o ACNUR chama de Life Saving Activities. Todas as organizações presentes em Dadaab mantêm seus agentes essenciais para levar adiante suas atividades" – disse à Agência Fides Suzanna Tkalec, membro da Catholic Relief Services (CRS), responsável pela Caritas Somália para os trabalhos em Dadaab (no norte do Quênia no confim com a Somália ), onde em 12 de outubro foram seqüestradas duas agentes humanitárias de Médicos Sem Fronteiras (MSF). As duas agentes foram seqüestradas no campo de Ido, uma das estruturas onde se hospeda a maior comunidade de refugiados somalis do mundo (mais de 400.000 pessoas). A tensão permanece alta por causa da ofensiva do exército queniano contra a fortaleza dos Shabab no sul da Somália. Uma ofensiva que envolve pelo menos 4 mil militares, como confirma Tkalec que disse ter visto na semana passada “um grande número de veículos do exército queniano que se dirigia para o confim com a Somália”.
“As várias organizações engajadas em Dadaab se atualizam a toda hora sobre o desenrolar da situação, a fim de verificar quando e como retomar plenamente suas atividades na área” – acrescenta Tkalec.
"O ACNUR está se coordenando com o Governo do Quênia para colocar em funcionamento novos procedimentos a fim de reforçar a segurança em Dadaab. Quando estes procedimentos forem autorizados poderão retomar todas as atividades nos campos da área. De qualquer forma, não nos foi assinalados possíveis atentados na área, mas é óbvio que nestes casos o nível de atenção se eleva ao máximo” – conclui a representante da Caritas Somália.
Foi interpretado como represália contra a ofensiva das tropas quenianas (que parece apoiada pela unidade naval francesa e por aviões sem piloto estadunidenses), a explosão de 23 de outubro, de uma bomba num bar-discoteca em Nairóbi. O atentado provocou 14 feridos. (L.M.) (Agência Fides 24/10/2011)
