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Islamabad (Agência Fides) - A Corte anti-terrorismo do Paquistão condenou à pena de morte Malik Mumtaz Hussain Qadri, assassino do ex-governador de Punjab, Salmaan Taseer. O político havia defendido Asia Bibi, a cristã injustamente condenada à morte por blasfêmia, e modificado os artigos do Código Penal que constituem a chamada “lei da blasfêmia”. A sentença, histórica para o Paquistão, suscitou protestos de defensores dos grupos islâmicos extremistas, que anunciaram uma campanha nacional para suspender a pena de morte. Haroon Barkat Masih, presidente da "Masihi Foundation", que se ocupa da defesa de Asia Bibi e dos direitos dos cristãos no Paquistão, comentou à Fides: “Somos contrários à pena de morte e não exultamos por este veredicto. Apoiamos o trabalho da magistratura: é uma decisão muito corajosa por parte do tribunal. Pela primeira vez no Paquistão, uma pessoa envolvida em um homicídio de alto perfil foi condenada”. “Salman Taseer – prossegue o Presidente – era um mentor das reformas na lei da blasfêmia e foi calado por suas opiniões. Taseer não ofendeu ninguém, mas pedia apenas que se rejeitasse uma lei promulgada por um ditador: uma lei que criou um ambiente asfixiante para os não-muçulmanos assim como para os muçulmanos deste país. Qadri foi celebrado como um herói; esta ideologia extremista insensível deve ser desencorajada. Hoje, devemos erradicar a causa que levou este homem a empreender este crime. Promovemos o respeito das pessoas, das crenças, dos direitos de todos. Devemos todos trabalhar juntos por uma sociedade mais tolerante”. Haroon Masih encerra afirmando que “agora é preciso rezar, trabalhar e esperar pelo futuro do filho de Salmaan Taseer, ainda refém de um grupo de sequestradores, e por aqueles que ainda estão nos cárceres paquistaneses, injustamente acusados de blasfêmia”. (PA) (Agência Fides 1/10/2011)
