ÁSIA/PAQUISTÃO - O Ano da Missão, em meio aos obstáculos do extremismo e da islamização

Karachi (Agência Fides) – Foi lançado hoje em Karachi “o Ano da Missão” no Paquistão. Como referido à Fides, a Igreja local inaugurou a iniciativa centrada no tema "Duc in Altum", na conclusão de um seminário de três dias em que cerca de 100 Bispos, sacerdotes, leigos e teólogos das sete Dioceses do Paquistão se confrontaram para aprofundar os desafios da missão no país. Os cristãos no Paquistão são uma exígua minoria (2% da população, dentre os quais um milhão de católicos), exposta a pressões de grupos radicais islâmicos, problemas de injustiça, discriminação, limitação da liberdade religiosa, assim como pobreza e marginalização. Contudo, não obstante a situação difícil, “o chamado a ser missionários é universal e nos fala de perto” – recordou na Santa Missa de abertura Dom Max John Rodrigues, Bispo de Hyderabad e Presidente da “Comissão pela Missão” na Conferência Episcopal. O Bispo ressaltou a importância de evangelizar o Paquistão no contexto atual, citando as palavras de São Paulo: “Pobre de mim se não pregasse o Evangelho”. A ocasião para lançar o Ano da Missão (1o de outubro 2011 - 30 de setembro 2012) é o 60° aniversário de fundação das Pontifícias Obras Missionárias (POM) no Paquistão, explicou pe. Mario Rodrigues, Diretor Nacional das POM, enquanto pe. Emmanuel Asi, Presidente da Comissão “Justiça e Paz” dos Bispos, desenvolveu o tema "Duc in Altum" em perspectiva bíblica. Convidando todos os fiéis paquistaneses a “confrontar-se com a vocação do Apóstolo Pedro”, pe. Asi disse que "Duc in Altum é um chamado a tornar-se discípulos missionários de Jesus”. No grupo de estudo e reflexão, os participantes ressaltaram os obstáculos que os cristãos enfrentam ao fazer missão no Paquistão: o fundamentalismo religioso, o extremismo, a islamização, a escassa liberdade de evangelizar, mas também a falta de sentimentos, como o medo e a depressão “quando o trabalho não produz frutos”. No Ano da Missão, a Igreja no Paquistão quer antes de tudo estar presente nos meios de comunicação e zelar pela formação dos leigos e as comunidades eclesiais de base, abrindo “novos horizontes ao Evangelho no Paquistão”. (PA) (Agência Fides 1/10/2011)