ÁSIA/INDONÉSIA - Apelos dos líderes religiosos e Ongs: transparência, paz e legalidade nas Molucas

Terça, 13 Setembro 2011

Jacarta (Agência Fides) – É preciso tutelar a paz tutelando a legalidade, a transparência na ação do governo, a imparcialidade da polícia e o diálogo entre religiões: é o que afirmam, depois do novo conflito que eclodiu entre cristãos e muçulmanos nas ilhas Molucas (no leste do arquipélago indonésio), líderes religiosos e Ongs que difundiram diversos apelos e mensagens enviados à Agência Fides. 
Em Ambon, uma mensagem que invoca a paz foi difundida hoje pelos meios de comunicação nas igrejas, mesquitas e escolas. Foi assinada, entre outros, pelo Presidente do Sínodo da Igreja protestante das Molucas, Jhon Ruhulesin; pelo Bispo da Diocese de Amboina, Dom Petrus Canisius Mandagi, MSC; pelo presidente do Conselho dos Ulemás Indonésios nas Molucas, Hie Toekanm; e pelo presidente do "Fórum para a harmonia inter-religiosa", Idris Latuconsina. 
Os líderes religiosos pedem à população que “comuniquem imediatamente eventuais incidentes” e a presença de provocadores estrangeiros. Depois, convidam todos os animadores das diversas comunidades a contribuírem a “manter sob controle a situação” e a não difundir vozes falsas que estiveram na base dos incidentes de domingo (veja Fides 12/09/2011). 
Em Jacarta, um fórum inter-religioso pediu ao governo central que “aplique os acordos de Malino" (que colocaram fim ao conflito das Molucas de 1999-2002), "única estrada para criar uma paz duradoura em Ambon": No fórum, há também pe. Benny Susetyo, Diretor da Comissão para o Diálogo inter-religioso dos Bispos indonésios, e o ex-Presidente da associação islâmica Nahdlatul Ulama (NU) Hasyim Musadi. O Fórum recorda também a urgência de que a mídia siga uma ética com fins de paz e de utilidade para a sociedade civil, pedindo às autoridades militares que atuem com imparcialidade e garantindo a contribuição dos líderes religiosos “para a criação de um espírito de verdadeira fraternidade”. Um grupo de Ongs, institutos de pesquisa, Igrejas e associações reunido hoje em Jacarta reiteraram a necessidade de que as Molucas “não sejam abandonadas”, e pediu transparência na ação do governo. (PA) (Agência Fides 13/9/2011)


Compartilhar: