ÁSIA/LAOS - Empenho do Catholic Relief Services para afastar as crianças das bombas não explodidas ainda presentes no país

Quinta, 28 Julho 2011

Xaibouathong (CNA) - Durante a guerra no Vietnã, o Laos, que se encontra no confim, foi o país mais bombardeado no mundo. Nem todas as bombas explodiam no impacto; estima-se que milhões de pequenas delas ainda estejam ativas. Depois de 40 anos, elas continuam a ser perigosas. Muitas crianças não sabem o que são bombas, pegam e brincam com elas. Outras sabem o que são, mas pensam que as lançando, não sejam perigosas. Os adultos, embora conscientes do eventual perigo de manuseá-las, tentam extrair seu metal para vendê-lo, por poucos centavos. O Laos é um país muito pobre e este tipo de ‘comércio’ representa uma fonte de lucro imediato, mas muito arriscado. Apesar de grande parte do metal enterrado nos campos ser seguro e provir de bombas já explodidas, outras podem não o ser. No Laos e no Vietnã, o Catholic Relief Services está instruindo a população sobre as bombas e o modo de se tutelar delas. Todavia, vista a enorme quantidade de explosivos ainda presentes nos territórios, os incidentes não se reduziram. Por isso, no Laos, onde o acesso a um hospital, com trator, demora horas, o CRS oferece noções básicas de pronto socorro nas aldeias mais remotas. O objetivo é estabilizar os feridos a fim de levá-los em salvo às estruturas hospitalares, e serem curados. Em um antigo edifico da área de Xaibouathong, 12 habitantes foram formados para o pronto socorro. Começam medicando-se reciprocamente, usando faixas, isolando os membros feridos pressionando sobre a aorta para deter hemorragias causadas por explosões. Em poucos dias, estes estudantes se transformam em professores para outros moradores da aldeia. A desativação é um trabalho lento e meticuloso; calcula-se que serão necessárias décadas para eliminar do Laos e do Vietnã todas as bombas lançadas nas décadas de 60 e 70.
(AP) (28/7/2011 Agência Fides)


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