Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Lahore (Agência Fides) – Faliu a primeira tentativa de mediação da "All Pakistan Minorities Alliance" (APMA) no caso de Farah Hatima, garota católica sequestrada, casada e convertida ao Islã pelo muçulmano Zeehan Iliyas na cidade de Rahim Yar Khan, no sul da província de Punjab (veja Fides 25/6/2011 e dias precedentes). A APMA, fundada por Shabhaz Bhatti, é a organização da sociedade civile em defesa das minorias mais difundidas e bem organizada no país. O caso de Farah, explicam as fontes da Fides, é emblemático dos cerca de 700 casos que ocorrem todos os anos no Paquistão com as garotas cristãs seqüestras e convertidas ao Islã. Por esta razão, no caso de Farah se comprometeu Paul Bhatti, líder do APMA e Conselheiro Especial do Primeiro-Ministro para as minorias religiosas.
Uma equipe de advogados e responsáveis da APMA no Punjab se interessou pelo caso nos dias passados, tentando organizar um encontro entre a garota e sua família de origem, para saber sobre as condições de saúde, física e psicológica de Farah, e obter a certeza absoluta – confirmada sem condições, ameaças ou coerção de qualquer tipo - de sua vontade de voltar para casa e abandonar a família muçulmana onde se encontra. Um membro da APMA disse à Fides: "Nós pedimos, através das autoridades locais, uma reunião privada com Farah. A família do muçulmano que a fez sua esposa diz que ela é consciente. Estão certos disso e isso é verdade, porque eles impedem a família de vê-la e os advogados de ouvirem o seu depoimento? Este impedimento para nós é muito suspeito".
Dada a resistência encontrada, os advogados da APMA se dirigiram novamente ao Tribunal de Primeira Instância em Rahim Yar Khan, pedindo ao tribunal para presidir uma audiência para ouvir Farah, sua família de origem e a família muçulmana em questão. A reunião fixada pelo juiz deveria ser realizada em 4 de julho, mas a outra parte não se apresentou, nem mesmo Farah. A família da garota, decepcionada e na dor disseram à Fides de temer que Farah seja levada embora da cidade e escondido num lugar secreto ou até mesmo vendida no exterior. Além disso, o juiz – dizem à Fides - mais uma vez convidou-os a "retirar a sua queixa e consideram o caso encerrado" sinal das graves conseqüências que o sistema judiciário sofre em casos que opõe as famílias cristãs a poderosos clãs muçulmanos.
A APMA comunica à Fides que pretende tomar percorrer todas as vias legais possíveis para encontrar Farah: A reunião é preparatória para um eventual recurso na Alta Corte a fim de libertá-la e salvá-la. Uma fonte confiável de Fides na Igreja do Paquistão disse: "O caso é muito delicado por causa das implicações que traz. Devemos continuar agido com prudência, mas com perseverança, pedindo justiça, como a viúva importuna do Evangelho". (PA) (Agência Fides 7/7/2011)
