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Banmaw (Agência Fides) - Para responder à emergência humanitária em curso no norte de Mianmar - marcado pela guerra civil entre o exército e os rebeldes do Kachin Independent Army (veja Fides 30/6/2011) – A Caritas pôs em campo todo esforço possível, apesar dos riscos que hoje comporta o trabalho de assistência: é o que referem-se à Agência Fides as fontes na diocese de Banmaw. Dadas as suas raízes locais, a Caritas é a única organização que trabalha no terreno para ajudar mais de 20 mil refugiados, dada a impossibilidade de trabalhar em Myanmar de outras organizações humanitárias e os combates ainda em andamento.
Além da diocese de Myitkyina, que cobre quase todo o território do estado de Kachin, incluindo a diocese de Banwam afetada pelo conflito. Muitos voluntários locais Caritas (a maioria jovens, religiosos, sacerdotes) entraram logo em ação, sem demora "para a assistência humanitária aos milhares de fiéis desorientados e assustados", arriscando suas vidas, visto que a área onde se movem poderia ser afetada por bombardeios. "Estamos fazendo nosso melhor para levar as pessoas deslocadas a áreas seguras e garantir a sua sobrevivência. Agradecemos aqueles que estão perto de nós e pedimos as orações dos cristãos de todo o mundo", disse à Fides um sacerdote local.
Enquanto isso, fontes locais de Fides informam que o exército birmanês poderia lançar uma ofensiva também contra os rebeldes da etnia karen. A estabilidade e o desenvolvimento prometidos pelo novo governo de Thein Sein, em seu discurso inaugural de abril passado, "parecem muito longe da realidade. Se o governo não entrar em acordo com as minorias étnicas, o país poderia afundar numa guerra civil de amplas dimensões, com graves consequências para toda a nação". Outro fator de instabilidade, ressalta a fonte de Fides, é representado pelo tráfico de drogas, que segundo os observadores internacionais, os rebeldes tentam usar para obter armas e munições. (PA) (Agência Fides 1/7/2011)
