Órgão de Informação das Pontifícias Obras Missionárias desde 1927
Santiago (Agência Fides) - No contexto dos protestos estudantis, os bispos chilenos destacaram a urgência de propostas de pesquisa obtiveram um amplo consenso, a fim de lançar processos que respondam às justas reivindicações. O porta-voz da Conferência Episcopal do Chile, Jaime Coiro, apresentou recentemente um comunicado assinado pelo presidente da Conferência Episcopal, Dom Ricardo Ezzati, e pelo presidente da área de Educação, Dom Héctor Vargas. O texto afirma que a Igreja chilena segue de perto as demandas do movimento estudantil (veja Fides 19/05/2011) considerando que o forte debate em torno do sistema educacional é um sinal de mal-estar no qual a sociedade em geral deve assumir a responsabilidade .
No comunicado dos bispos, enviado à Agência Fides, lê-se: "existe um longo caminho a ser percorrido na tarefa de construir um modelo educacional de aprendizagem de qualidade, eqüitativo e justo, onde cada estudante, independentemente de sua condição pessoal e social, tenha garantida a formação necessária para se desenvolver plenamente, para construir um projeto de vida pleno e contribuir generosamente, com toda a sua riqueza, em favor da sociedade de seu tempo".
Os bispos também reconhecem que existe, nesta área, uma dívida séria. Afirmou-se muitas vezes que o esforço para melhorar a qualidade do ensino e torná-lo mais justo, exige um trabalho que deve envolver o Estado, as instituições de ensino, professores, famílias e alunos: "é urgente levar avante a criação de propostas de amplo consenso para orientar e dirigir os processos que possam responder às justas demandas".
Neste contexto, fica claro que as medidas arbitrárias e a violência verbal ou física não é o caminho para resolver o problema, mas apenas "um desejo real de diálogo ajudará a resolver o clima delicado de polarização que está conduzindo o debate e as mobilizações associadas a ele", concluem os bispos. (CE) (Agência Fides, 25/06/2011)
