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Dacar (Agência Fides) - O tráfico de drogas que passa pela África Ocidental está passando por uma evolução que poderá causar consequências muito graves para a região. Foi o que emergiu da reunião de iniciativa da Costa da África Ocidental (WACI em inglês), que foi realizada em 21 de junho de Dacar (Senegal). A WACI, lançada em 2009, promovida pela Organização das Nações Unidas para a luta contra a droga e o crime organizado (UNODC), pela Interpol e da pela Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWS/CEDEAO), é fazer frente "ao problema crescente do tráfico ilegal, ao crime organizado e ao abuso de drogas" em quatro estados da região: Guiné-Bissau, Libéria, Serra Leoa e Costa do Marfim.
Nos últimos anos, diminuiu a quantidade de drogas apreendidas na África Ocidental, mas segundo Alexandre Schmidt, responsável pela UNODC na região, este número mostra uma melhor organização dos traficantes de drogas e não um aumento na eficiência da aplicação da ordem.
Schmidt expressou a preocupação que a África Ocidental siga o mesmo caminho do México, com as organizações criminosas locais que, gradualmente, inserem os traficantes de drogas colombianos no lucrativo tráfico de cocaína da América Latina para a Europa, passando pelas costas africanas. Se pensamos que os Estados da região são muito frágeis, também por causa das recentes guerras civis (a última, em ordem cronológica, na Costa do Marfim), se entende que representa uma ameaça contra a estabilidade regional o surgimento de bandas bem organizadas de criminais, dotadas de potentes meios econômicos.
Enfim, se está criando um mercado local de cocaína. Na verdade, segundo Schmidt, em 2010, foram consumidas na região 13 toneladas de drogas. Para combater este fenômeno, os especialistas salientaram a importância da adoção de medidas rigorosas contra a lavagem de dinheiro de origem ilícita. (L.M.) (Agência Fides 22/6/2011)
