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Roma (Agência Fides) - A Rede Regional e Inter-religiosa de Líderes Religiosos para a Paz (RRILRP) nasceu no final da conferência internacional de líderes religiosos dos 4 países afetados pelo Exército de Resistência do Senhor (Lord's Resistance Army): Uganda, República Democrática do Congo (RDC), Sudão do Sul e República Centro Africana, que teve lugar em Kisangani (RDC) em fevereiro de 2010 (veja Fides 30/1/2010 e 5/2/2010). "A gênese da convocação da Conferência de Kisangani teve ser situada no âmbito dos trabalhos do II Sínodo Especial para a África, realizado em Roma em outubro de 2009", Lê-se no documento que apresenta a rede, enviado à Agência Fides.
"A rede é apolítica e inter-religiosa e reúne líderes religiosos católicos, anglicanos, protestantes e muçulmanos. A sede social da RRILRP, segundo o seu estatuto, é atualmente na Arquidiocese de Kisangani" – afirma o documento. A RRILRP tem como missão a promoção da paz e da segurança em todas as áreas afetadas pelo LRA e a convicção de que todos os conflitos podem ser resolvidos pacificamente através do diálogo e da negociação, respeitando a dignidade de todos. "Essa posição é evidenciada pelo fato de que todas as operações militares contra o LRA ainda não foram bem sucedidas e após todo ataque contra o LRA, se criaram um clima de insegurança e miséria para as populações".
"A rede pretende exercer uma forte atividade de sensibilização para que a questão do LRA permaneça na atenção da comunidade nacional, regional e internacional, a fim de adotar uma estratégia coerente e eficaz, de modo que os caminhos do diálogo e da negociação sejam explorados por todos os atores nacionais e internacionais", afirma o documento.
A RRILRP é composto por uma Comissão Regional, um Secretariado, alguns grupos de trabalho e por individuais Comissões Nacionais. A Comissão Regional é composta por um delegado de cada país: Dom Marcel Utembi Tapa (Arcebispo de Kisangani para a República Democrática do Congo); Dom Jean Baptiste Odama (Arcebispo de Gulu, Uganda) e Dom Juan José Aguirre Muños (Bispo de Bangassou, na República Centro Africana). O delegado do Sudão do Sul não foi ainda indicado. (LM.) (Agência Fides 15/6/2011)
