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Lahore (Agência Fides) - Farah Hatim, de 24 anos, católica, seqüestrada por uma família muçulmana, convertida a força e obrigada a um casamento com um muçulmano, "corre o risco de desaparecer ou de ser vendida no exterior": é o que afirma as fontes de Fides no Punjab, observando que nestes dias a pressão sobre o caso está aumentando e "o castelo de mentiras pode ser desmascarado". Como prova disso, Khalid Shaeen, homem político que ajudou a família muçulmana que sequestrou Farah, foi afastado do cargo e negada a participação no partido da Liga Muçulmana-N. Mas para salvar Farah o tempo está se esgotando. "Quanto mais o tempo passa, mais difícil será libertar Farah: por isto é preciso um esforço conjunto da Igreja e da sociedade civil, orações e as pressões internacionais", acrescenta à Agência Fides uma religiosa do Punjab - que pediu para permanecer anônima por razões de segurança - falando sobre o caso de Farah (veja Fides 10/06/2011 e dias precedentes). "A questão é complicada", disse a freira encarregada de recuperar e esconder algumas meninas que a comunidade cristã consegue tirar do destino de "islamização forçada (mais de 700 casos por ano): "Farah foi forçada a assinar uma declaração afirmando que tinha se convertido e se casado por sua vontade. O texto foi apresentado à polícia e nos tribunais, então legalmente o caso é considerado encerrado . Será possível reabri-lo somente com uma declaração por escrito, em que Farah testemunhe que estes comunicados foram feitos com base em ameaças e torturas". Mas hoje à jovem não é permitido sair de casa ou falar livremente com os seus familiares, "ela vive de fato segregada, então tudo é muito difícil". Por esta razão, a religiosa pede "a ajuda da oração dos fiéis do mundo" e "uma campanha de pressão internacional para sensibilizar as autoridades civis paquistanesas e motivar neles o envolvimento nesse caso" que se inscreve, acrescenta, "na crônica violação dos direitos das mulheres no Paquistão". Entretanto, a Comissão “Justiça e Paz” da Diocese de Multan (onde se encontra a cidade de Rahim Yar Khan, no sul de Punjab) está recolhendo informações para elaborar um relatório oficial. "É preciso dizer – ressalta à Fides uma fonte na Comissão - que não é fácil sequer obter informações e detalhes sobre esta história, enquanto os cristãos de Rahim Yar Khan (onde vivem cerca de 2.000 fiéis) são ameaçados. Se eles se expõem, os muçulmanos locais estão prontos para puni-los e se vingar seqüestrando as garotas, então todas as famílias cristãs têm medo". Também começaram a circular boatos destinados a desacreditar moralmente a família de Farah. Os familiares da jovem estão amargurados pela triste história, mas conclui a fonte de Fides, "não perderam a esperança de abraçar novamente a garota e pretendem ir em frente na sua luta pela justiça e pela verdade". (PA) (Agência Fides 11/6/2011)
