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Karachi (Agência Fides) - "O relatório sobre a condição das minorias religiosas faz parte de nossa iniciativa para promover a plena democracia no Paquistão. O documento testemunha a deterioração do status das minorias religiosas e o aumento do extremismo no país". Com estas palavras, Sherry Rehman comenta à Agência Fides a publicação do relatório "A Question Of Fauth", publicado pelo prestigioso "Jinnah Institute", centro de estudos com sede em Karachi que trabalha pela democracia e o estado de direito no Paquistão (veja Fides 6/6/2011). Sherry Rehman, Presidente do Jinnah Institute, é uma parlamentar muçulmana do Pakistan People's Party, partido atualmente no governo do país. Nos últimos meses, havia enviado ao Parlamento uma proposta de lei para modificar a polêmica “lei da blasfêmia”. Por isso, foi ameaçada de morte e para muitos observadores, hoje está no alvo de extremistas, depois dos homicídios de Salman Taseer e Shahbaz Bhatti.
O Relatório, explica à Fides, "aponta duas questões cruciais”. A primeira é: o Paquistão continuará a discriminar parte de seus cidadãos e a fechar os olhos diante da difusão de uma cultura de crueldade e violência? A segunda: a maioria dos cidadãos do Paquistão continuará a tolerar ou a ser cúmplice da discriminação e da perseguição das minorias? Tais questões são particularmente importantes, visto que no ano passado registramos um forte aumento da violência sobre as minorias, de modo especial contra cristãos e ahmadi.
Rehman continua afirmando que o Relatório indica “casos e testemunhos sobre fenômenos preocupantes, como as violências de massa contra comunidades de minorias religiosas; ataques a lugares de culto; impedimentos para cidadãos não-muçulmanos para encontrar empregos ou educação; conversões forçadas de mulheres das minorias”. Erguem-se, no entanto, vozes da sociedade civil que denunciam a violência e a opressão e que desafiam o extremismo”. “No Jinnah Institute - explica – nós o fazemos pela igualdade de todos os cidadãos do Paquistão, em nome da visão democrática de nosso fundador, Mohammad Ali Jinnah”.
O relatório, sublinha Rehman, relata casos e testemunhos preocupantes como a violência de massa contra as comunidades religiosas; ataques aos locais de culto; obstáculos aos cidadãos não-muçulmanos para encontrar trabalho e educação; conversões forçadas de mulheres pertencentes a minorias". No entanto, existem "vozes da sociedade civil que denunciam a violência e a opressão e que desafiam o extremismo". "Al Jinnah Institute Jinnah - explica - o fazemos em favor da igualdade de todos os cidadãos do Paquistão, em nome da visão democrática de nosso fundador, Mohammad Ali Jinnah". Mohammad Ali Jinnah (1876-1948), conhecido no Paquistão como "grande líder", foi o fundador do Paquistão (promotor da partição da Índia Britânica). No Paquistão, os aniversários de seu nascimento e sua morte são feriados. (PA) (Agência Fides 8/6/2011)
