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Nova Délhi (Agência Fides) – A resposta do governo, dos tribunais e das instituições, em relação à comunidade cristã de Orissa, afetada pelos massacres de 2008, é ainda "muito fraca, como uma farsa." Foi o que disse à Fides Joseph Dias, responsável pelo "Catholic Secular Forum" (CSF), organização ecumênica de fiéis que defende os direitos das comunidades cristãs na Índia. Dois dias atrás, um tribunal de Orissa condenou 13 pessoas a cinco anos de prisão pelo seu envolvimento nos atos de violência anti-cristã de 2008. Os 13 foram participaram das desordens e incêndios nas casas do povoado de Sartaguda, mas as pessoas a serem julgadas e presas – ressalta à Fides o CSF - devem ser milhares: "muitos culpados estão soltos, muitos crimes, como assassinatos e estupros permanecem impunes". Os dados judiciais adquiridos pela Agência Fides, são implacáveis: apenas um vigésimo dos radicais hinduístas responsáveis pelos ataques foi identificado e interrogado; em 3.232 queixas apresentadas por cristãos, apenas 828 foram consideradas e traduzidas em FIR (Primeiro Relatório de Informação), o relatório afirma uma investigação e um procedimento oficial da polícia. Destes 828 casos, apenas 327 terminaram com um julgamento no tribunal: 167 absolvições, 86 condenações terminadas em penas muito leves, 90 casos ainda pendentes. Mil e 597 militantes foram identificados e depois liberados, enquanto outros milhares de agressores não foram nem mesmo contatados pela polícia e permaneceram impunidos. Além disso, denuncia o CSF, hoje "os cristãos são vítimas de contínuas intimidações por parte de grupos extremistas hinduístas, para que não testemunhem no tribunal, retirem as acusações e abandonem os processos. Também juízes e advogados foram ameaçados: tudo leva a pensar em processos repletos de anomalias e irregularidades". Ontem, em uma entrevista à Agência Fides (veja Fides 19/5/2011), Dom John Barwa, Arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar, disse que "os cristãos de Orissa se sentem abandonados pelas instituições" e que o caso de Orissa será exemplar “para testar o real funcionamento da justiça na Índia". (PA) (Agência Fides 20/5/2011)
